Depois de ter frustrada a aprovação de um requerimento que pediu informações sobre as contas com propaganda de 2005 e 2006 do governo Roberto Requião ao próprio governo, o deputado Marcelo Rangel viu aprovado ontem um outro requerimento, agora endereçado ao Tribunal de Contas do Paraná. O pedido é praticamente o mesmo e solicita um relatório completo sobre os gastos do Governo do Paraná com propaganda nas emissoras de rádio, jornais, emissoras de televisão, revistas e agências de propaganda. O documento passou pelo plenário por apenas um voto de diferença, mas já é o suficiente para que o deputado disponha das informações que desejava.“Foi muito importante esta conquista, pois agora poderemos constatar o que está sendo feito com o dinheiro público e poderemos divulgar ao público que espécie de destinação de recursos vinha sendo feito em 2006”, destacou o deputado Marcelo Rangel.O deputado comentou também que “não estava entendendo o porquê de tanta resistência para se obter uma informação dessa natureza. Eu chego a desconfiar (e os deputados da situação me deram motivos pra isso) de que há alguma coisa errada no processo”.O próximo passo agora será receber o documento e dar conhecimento público sobre o montante dispensado para promoção do governo. “Vamos saber oficialmente quais os critérios utilizados para distribuição dos recursos e entender a real verdade, quando o governador fala em cortar recursos da imprensa”. O deputado se refere aos vários pronunciamentos do governador Roberto Requião, quando critica os jornalistas e alega que está sendo perseguido porque resolveu não mais patrocinar com verbas públicas os vários órgãos de divulgação do Paraná.A preocupação de Marcelo Rangel também é com a destinação dos recursos que originariamente iriam para a imprensa e que o governador prometeu em seus discursos em destiná-los para outros empreendimentos, notadamente a educação. Será um ponto de partida para acompanharmos a aplicação orçamentária no setor de Comunicação e analisar em 2007 até onde o discurso foi cumprido.