Há 12 dias úteis nos respectivos cargos, os novos diretores da Assembleia Legislativa, indicados pela Mesa Executiva e empossados em 2 de fevereiro, estão desenvolvendo um intenso trabalho de reestruturação de suas áreas de atuação, inventariando os diversos setores sob seus cuidados e tomando providências que deverão dotar a rotina administrativa do Legislativo de muito mais racionalidade e eficiência. A prática atende a exigências expressas do presidente da Casa, deputado Valdir Rossoni (PSDB), que já por ocasião da eleição e da posse da nova Mesa Executiva assumiu o compromisso público de transformar profundamente a realidade do Legislativo paranaense. “Esta Casa viverá um tempo novo, de respeito com os parlamentares, com os servidores e principalmente de respeito para com a sociedade”, destaca.
O próprio Rossoni reconhece que a tarefa não será nada simples, tamanhas as distorções existentes numa máquina administrativa inchada, desorganizada e obsoleta. “O fato de reconhecermos as dificuldades não nos desestimula, muito pelo contrário. Como tenho dito em diferentes oportunidades, não abriremos mão da oportunidade histórica que se apresenta. E é isso que a sociedade espera de nós, com toda razão”, acrescenta. Ao abrir várias frentes e contrariar interesses de grupos localizados, beneficiários da “velha Assembleia”, Valdir Rossoni diz que sabe perfeitamente onde está pisando: “Não nos falta e não nos faltará coragem para o enfrentamento do atraso, motivo de indignação para todos nós. Todos os companheiros da Mesa Executiva, os demais deputados, os nossos diretores cuidadosamente escolhidos, estão afinados e imbuídos do mesmo propósito”.

Maquinário obsoleto encontrado na AL. Foto: Nani Gois
Reorganizar para moralizar – Entre as providências da direção da Casa para a regularização dos seus serviços administrativos, a situação dos diversos servidores tem sido motivo de especial preocupação. Depois da exoneração dos funcionários comissionados, ainda ao final da Legislatura passada, a nova Mesa da AL promoveu o recadastramento dos servidores efetivos, agora em fase de apuração, ao mesmo tempo em que vem exigindo que cada uma de suas diretorias levante a realidade funcional de cada departamento, de cada setor. Segundo a Diretoria Geral do Legislativo, números verdadeiramente estarrecedores têm aparecido, como no setor do serviço médico da Casa, onde nada menos que 42 pessoas aparecem lotadas em uma pequena sala com divisórias. Ou no caso da recém extinta Diretoria de Serviços Especiais (DSE), que tinha 39 funcionários à disposição. Estes funcionários estão hoje colocados em disponibilidade, à espera de remanejamento, como ocorre também com os antigos funcionários da Gráfica da Casa, aliás, também subordinada à mesma DSE. “Estamos procurando levantar a situação de cada um, apurando quais são as habilitações dos funcionários, de modo que possam ser realocados de forma produtiva, e o quanto antes”, disse o diretor-geral Benoni Manfrin. Ele acrescenta que é diretriz da Mesa Executiva da Assembleia a valorização dos servidores, mas que isso passa necessariamente pela racionalização de toda a estrutura da Casa. “Hoje não há sequer lugar para trabalhar nessas condições”, comentou. Ou como lembra o próprio presidente do Legislativo, Valdir Rossoni, havia setores da Casa que necessitavam de dois funcionários para bem funcionar, mas que tinham 30 servidores no local, “o que é totalmente inaceitável”.
A Diretoria Geral garante que a situação de disponibilidade dos funcionários é provisória e que ontem (16) mesmo oito servidores efetivos já foram realocadas para compor a Coordenadoria de Expediente e Arquivo da AL. O setor era integrado por sete servidores comissionados, que agora deram lugar aos efetivos remanejados. A providência deve se repetir em outras seções, pois conforme tem repetido o presidente da Casa, Valdir Rossoni, no máximo 30% das vagas deixadas pelos comissionados exonerados devem ser preenchidas.

Equipamentos de informática passam por uma reciclagem. Foto: Nani Gois
Descarte recuperado – O desperdício de equipamento e de material de expediente é outro problema que tem merecido a atenção dos novos diretores da AL. Muito material, inclusive computadores, era simplesmente descartado ao menor sinal de defeito, ao invés de receber reparo para continuar em uso, como seria de se esperar em qualquer empresa privada, por exemplo. A realidade começa a mudar, e muitos dos gabinetes da Casa já estão recebendo o equipamento reciclado pelo setor de manutenção da Assembleia. Verdade que também há o que não pode ser recuperado: verdadeiras “peças de museu” estão sendo garimpadas em diferentes setores, como máquinas de escrever e outras relíquias que nem se fabricam mais.
Confira as fotos no flickr da Assembleia Legislativa do Paraná
O próprio Rossoni reconhece que a tarefa não será nada simples, tamanhas as distorções existentes numa máquina administrativa inchada, desorganizada e obsoleta. “O fato de reconhecermos as dificuldades não nos desestimula, muito pelo contrário. Como tenho dito em diferentes oportunidades, não abriremos mão da oportunidade histórica que se apresenta. E é isso que a sociedade espera de nós, com toda razão”, acrescenta. Ao abrir várias frentes e contrariar interesses de grupos localizados, beneficiários da “velha Assembleia”, Valdir Rossoni diz que sabe perfeitamente onde está pisando: “Não nos falta e não nos faltará coragem para o enfrentamento do atraso, motivo de indignação para todos nós. Todos os companheiros da Mesa Executiva, os demais deputados, os nossos diretores cuidadosamente escolhidos, estão afinados e imbuídos do mesmo propósito”.

Maquinário obsoleto encontrado na AL. Foto: Nani Gois
Reorganizar para moralizar – Entre as providências da direção da Casa para a regularização dos seus serviços administrativos, a situação dos diversos servidores tem sido motivo de especial preocupação. Depois da exoneração dos funcionários comissionados, ainda ao final da Legislatura passada, a nova Mesa da AL promoveu o recadastramento dos servidores efetivos, agora em fase de apuração, ao mesmo tempo em que vem exigindo que cada uma de suas diretorias levante a realidade funcional de cada departamento, de cada setor. Segundo a Diretoria Geral do Legislativo, números verdadeiramente estarrecedores têm aparecido, como no setor do serviço médico da Casa, onde nada menos que 42 pessoas aparecem lotadas em uma pequena sala com divisórias. Ou no caso da recém extinta Diretoria de Serviços Especiais (DSE), que tinha 39 funcionários à disposição. Estes funcionários estão hoje colocados em disponibilidade, à espera de remanejamento, como ocorre também com os antigos funcionários da Gráfica da Casa, aliás, também subordinada à mesma DSE. “Estamos procurando levantar a situação de cada um, apurando quais são as habilitações dos funcionários, de modo que possam ser realocados de forma produtiva, e o quanto antes”, disse o diretor-geral Benoni Manfrin. Ele acrescenta que é diretriz da Mesa Executiva da Assembleia a valorização dos servidores, mas que isso passa necessariamente pela racionalização de toda a estrutura da Casa. “Hoje não há sequer lugar para trabalhar nessas condições”, comentou. Ou como lembra o próprio presidente do Legislativo, Valdir Rossoni, havia setores da Casa que necessitavam de dois funcionários para bem funcionar, mas que tinham 30 servidores no local, “o que é totalmente inaceitável”.
A Diretoria Geral garante que a situação de disponibilidade dos funcionários é provisória e que ontem (16) mesmo oito servidores efetivos já foram realocadas para compor a Coordenadoria de Expediente e Arquivo da AL. O setor era integrado por sete servidores comissionados, que agora deram lugar aos efetivos remanejados. A providência deve se repetir em outras seções, pois conforme tem repetido o presidente da Casa, Valdir Rossoni, no máximo 30% das vagas deixadas pelos comissionados exonerados devem ser preenchidas.

Equipamentos de informática passam por uma reciclagem. Foto: Nani Gois
Descarte recuperado – O desperdício de equipamento e de material de expediente é outro problema que tem merecido a atenção dos novos diretores da AL. Muito material, inclusive computadores, era simplesmente descartado ao menor sinal de defeito, ao invés de receber reparo para continuar em uso, como seria de se esperar em qualquer empresa privada, por exemplo. A realidade começa a mudar, e muitos dos gabinetes da Casa já estão recebendo o equipamento reciclado pelo setor de manutenção da Assembleia. Verdade que também há o que não pode ser recuperado: verdadeiras “peças de museu” estão sendo garimpadas em diferentes setores, como máquinas de escrever e outras relíquias que nem se fabricam mais.
Confira as fotos no flickr da Assembleia Legislativa do Paraná