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Deputado Romanelli (pmdb)

Luiz Claudio Romanelli A escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016 - concorrendo com metrópoles do primeiro mundo, como Tóquio, Chicago e Madri - é um fato extraordinário. Estão de parabéns o governo federal, o Comitê Olímpico Brasileiro e as personalidades de destaque internacional que fizeram a campanha pela vitória do Rio. O fato não se deu sem oposição interna. Muitos achavam, e continuam pensando assim, que é uma irresponsabilidade trazer as Olimpíadas para o Brasil. Diz-se que o evento desviará recursos que poderiam ser melhor empregados nos programas sociais, argumenta-se que os Jogos acobertarão um incremento da corrupção e fala-se que as eventuais melhorias da infraestrutura carioca terão caráter passageiro. Discordo de todas essas razões. Não consigo imaginar nenhum motivo sólido para que o Brasil, ao mesmo tempo em que enfrenta o desafio do desenvolvimento econômico e de seus graves problemas sociais (e está cumprindo essa dupla tarefa), não possa igualmente investir no esporte, na cultura e no lazer.Como diz aquela canção, a gente não quer só comida, quer também diversão e arte. Quanto à corrupção, que sempre grassou no país, ela ainda atinge todas as áreas, e não só o esporte. Se alguém cometesse o desatino de propor a suspensão das obras rodoviárias, ou da construção de escolas, ou, pior, de programas como o Bolsa Família, devido ao risco de propiciarem um surto de corrupção, certamente não seria levado a sério. Precisamos, sim, aprimorar os instrumentos de controle público, para deter a corrupção, e não, de forma alguma, parar o país. O terceiro argumento é mais sério, e conhecem-se exemplos de Jogos Olímpicos que revitalizaram as cidades-sede, como Barcelona, Sydney e Pequim, e outros cujos resultados não foram tão duradouros. Não custa, porém, trabalhar para que as melhorias a serem promovidas no Rio de Janeiro, em termos de infraestrutura viária e turística, de instalações esportivas e na área de segurança, entre outros setores, não redundem em benefícios permanentes para os cariocas. No fim, a impressão que fica é de uma forte dor-de-cotovelo da turma do contra, motivada seja por posições políticas, interesses regionais (melhor diria, bairristas) ou por o que quer que seja. Essa posição não se justifica, ainda mais porque os benefícios não se restringirão ao Rio de Janeiro. O Brasil como um todo tem muito a ganhar com a realização das Olimpíadas. Em primeiro lugar, haverá com certeza e desde já uma aceleração na geração de empregos, e isso, nesse período de sete anos (na verdade, mais, porque esse impulso sobreviverá aos Jogos), será um fator de aquecimento da economia. Em segundo lugar, o turismo. É inimaginável que o público dos Jogos se limite a visitar o Rio: todos os estados brasileiros devem preparar-se para acolher os visitantes de outros países, e o Paraná, em particular, tem tudo a ganhar, devido ao seu enorme potencial turístico. Em terceiro lugar, o anúncio da realização das Olimpíadas no Rio será um estímulo extraordinário para o desenvolvimento do esporte olímpico. Crianças e jovens terão nesse fato um grande incentivo, e os governos (repito, não só o do Rio de Janeiro) devem abrir canais para essa prática. No Paraná, estamos construindo 535 quadras cobertas nas escolas estaduais, de um total de 2.121 escolas, sendo que a maioria já dispõe de quadras simples, não cobertas. O governo já iniciou um programa de contraturno, de incentivo aos estudantes no esporte, arte e cultura. As escolinhas de esporte nos colégios devem proliferar, a exemplo da escolinha de vôlei do Bernardinho. Enfim, temos tudo a comemorar com a realização das Olimpíadas no Brasil. Luiz Claudio Romanelli, 50 anos, advogado, especialista em gestão urbana, deputado estadual, vice-presidente do PMDB do Paraná e líder do Governo na Assembleia Legislativa do Paraná – www.luizromanelli.com.br – romaneli@uol.com.br.
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