A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) promoveu na última semana uma audiência pública para debater a gestão de resíduos sólidos na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). O tratamento do lixo produzido na RMC e a escolha de uma nova área para destinação polarizaram as discussões. Atendendo a solicitação do deputado estadual Edson Strapasson (PMDB), a Casa abriu espaço para também debater a utilização de uma área no município de Itaperuçu como aterro sanitário. Moradores de Itaperuçu preocupados em defender o meio ambiente foram até a Assembleia para pedir apoio dos deputados estaduais quanto a não utilização do local. A polemica sobre Itaperuçu envolve o Aqüífero Karst. A população questiona a liberação de licença ambiental, por parte do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), para operação de aterro no município, uma vez que ele é considerado área de manancial de abastecimento público para a RMC. “Nós gostaríamos de saber como se deu essa licença”, questionou Paulo Roberto Valença, membro do movimento popular contrário a implantação do aterro. Para Strapasson, que é o deputado estadual mais votado da região, a situação de Itaperuçu merece um acompanhamento especial. “Precisamos checar de que forma está sendo conduzido este licenciamento. O IAP diz que a área não está licenciada, entretanto, a promotoria diz que há um licenciamento prévio para Itaperuçu. Vamos buscar informações junto ao IAP e solicitar à Comissão de Meio Ambiente que façamos uma visita ao local. Precisamos tornar clara e transparente essa questão”, afirmou.