A Assembleia Legislativa aprovou nesta quarta-feira (21), em segunda discussão, projeto de lei que autoriza o Governo do Paraná a contratar operação de crédito no valor de US$ 10 milhões junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para apoio ao Programa de Apoio aos Arranjos Produtivos Locais no Paraná. O projeto será votado ainda em terceira discussão e em redação final e depois segue para sanção do governador Roberto Requião.O valor global estimado do programa é de US$ 16,6 milhões. O Governo do Estado entrará com US$ 1 milhão, outros US$ 2,8 milhões serão investidos pela Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) e mais US$ 2,8 milhões pelo Sebrae-PR (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná). “Os recursos, em suma, servirão para melhoria de competitividade de micros, pequenas e médias empresas ligadas aos arranjos”, disse Romanelli.INDÚSTRIAS - Os arranjos produtivos são concentrações de indústrias de um mesmo segmento ou de atividades complementares de uma mesma região. Os arranjos propiciam ações conjuntas, como a compra de matérias-primas, consórcios para exportação, compartilhamento de tecnologias e capacitação de mão-de-obra. Desta forma, as indústrias ganham em escala, reduzem custos e conseguem ser mais competitivas.“Os arranjos já funcionam bem nas regiões mais carentes, como o Centro Expandido, porque objetivam reduzir os efeitos do desequilíbrio regional no Paraná, resultante da concentração dos investimentos industriais de grande monta na Região Metropolitana de Curitiba e em outros poucos núcleos urbanos”, disse Romanelli.MODELO - No Paraná, o Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social) identificou 114 aglomerações industriais com características de arranjos produtivos, apresentando maior ou menor grau de estruturação. O número de trabalhadores empregadas nos arranjos já corresponde a 35% do setor industrial do Estado. “O apoio aos arranjos produtivos converge com a política de desenvolvimento do Estado, a qual recomenda uma distribuição mais equilibrada da riqueza”, aponta Romanelli.O Paraná é modelo no Brasil nos arranjos produtivos e conta com um grupo de empresas, com coordenação própria que se reúne freqüentemente com, membros do Governo, da Fiep e o do Sebrae. “O que faz um arranjo produtivo andar não é só a presença do Estado, mas principal por ser um agente motivador que conta com o apoio de órgãos da sociedade”, disse Romanelli.