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Palestra da Escola do Legislativo aborda conceitos de governança no setor público

29/03/2017 14:16 20/05/2024 17:15 Por Eduardo Santana
A Escola do Legislativo promoveu nesta terça-feira (29) a palestra

A Escola do Legislativo promoveu nesta terça-feira (29) a palestra "Governança Pública: Questões de Transparência, Prestação de Contas, Equidade e Res / Foto: Noemi Froes/Alep


Conceitos e fundamentos nas áreas de governança corporativa, gestão de riscos e tomadas de decisões aplicados em empresas estatais e privadas. Esses foram os temas abordados pelo mestre em Administração, engenheiro e consultor sênior Luiz Alberto de Castro Wille durante a palestra “Governança Pública: questões de transparência, prestação de contas, equidade e responsabilidade social”, promovida pela Escola do Legislativo na manhã desta quarta-feira (29), no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Durante pouco mais de duas horas, o palestrante, que tem experiência nas indústrias automotiva, química e energética, entre outras, abordou aspectos históricos da governança pública e mostrou a evolução do tema dentro dos setores público e privado.

“O termo governança não tem associação direta com governos municipal, estadual e federal, e sim com um processo. Governança, ao contrário do que alguns possam pensar, é um conjunto de atividades, leis e processos que formam um sistema. Governança são princípios, recomendações, práticas, leis, protocolos e comportamentos. Portanto, não se trata de um destino. É uma viagem. Todo o dia a governança tem que ser aprimorada. E esse sistema é tanto implementado nas empresas privadas, como nas empresas públicas”, explicou Wille.

De acordo com o palestrante, uma das grandes premissas da governança é aprimorar e harmonizar os interesses de todas as partes envolvidas direta e indiretamente com atividade da empresa. “Essa harmonização é fazer com que a companhia ou o governo andem para o mesmo lado e isso não é nada fácil. Os fatores que tornam tão difícil a governança são comportamentais: poder, fama, dinheiro, influência, liderança, decisão, legalidade, propriedade, gestão e princípios. Tem que harmonizar tudo isso e há métodos para isso”, ressaltou.

Wille também falou sobre os conceitos básicos de finalidades propostas por empresas públicas e privadas, e sobre as legislações que se aplicam aos setores. Ele também explicou o funcionamento de empresas e instituições que regulamentam e fiscalizam as atividades das estatais e das companhias privadas. “Estar dentro da regulamentação é como qualidade no serviço prestado ou produto fabricado. Nós queremos qualidade, ninguém discute isso. O mesmo tem que acontecer com as regulamentações’, apontou.

Controle e Direção – Segundo Wille, no Brasil existe uma cultura muito grande de imprimir práticas de controle de órgãos públicos e privados, e pouco se discute a maneira de como dirigir essas empresas e pôr em prática os conceitos e diretrizes de governança. “Governança corporativa não é controle. A boa empresa é 60% direção e 40% controle. O excesso de controle se dá pelo desvio da lei e hoje no Brasil só se fala em controle. O país só vai sair desse cenário de uma forma: passando a escrever políticas construtivas e desenvolvimentistas”, concluiu.

Para o diretor da Escola do Legislativo, Dylliardi Alessi, a palestra de Luiz Alberto de Castro Wille se ajusta ao atual momento que o país atravessa, e cada vez mais as organizações públicas e privadas precisam de uma boa gestão. “Nesse sentido, a governança corporativa e pública é de extrema importância para que esses setores estejam alinhados com os conceitos de gestão profissional, para atingir esses objetivos”, afirmou Alessi, que também é diretor Legislativo da Assembleia. 


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