A Assembleia Legislativa do Paraná realizou sessão solene nesta segunda-feira (28) para marcar a passagem do Dia Nacional de Combate ao Câncer de Mama, instituído pela Lei nº 12.116/2009, de autoria do então deputado federal Ricardo Barros (PP), e o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil. A proposição do evento foi feita pela deputada Maria Victoria (PP) com apoio das deputadas Cristina Silvestri (PPS), Cantora Mara Lima (PSDB) e Claudia Pereira (PSC), e homenageou profissionais da área de saúde que se dedicam ao desafio de buscar a cura para a doença, além de pacientes por ela atingidos e que lutam com coragem e determinação para vencê-la.
A cerimônia foi aberta pela deputada Cristina Silvestri, a quem coube a direção dos trabalhos, e contou com a presença da vice-governadora Cida Borghetti, autora do projeto que se transformou na Lei nº 14.854/2005, instituindo no Paraná o dia 27 de novembro como Dia de Luta contra o Câncer de Mama, com a finalidade de incentivar o debate sobre formas de prevenção e tratamento. A lei determina que o poder público, em cooperação com a iniciativa privada, promova campanhas de esclarecimento, exames e outras ações visando reduzir os índices de mortalidade em razão da doença.
Segundo a vice-governadora, as campanhas de prevenção têm obtido bons resultados, divulgando direitos e os instrumentos para se buscar a detecção precoce, ampliando assim as possibilidades de cura. Também integraram a Mesa de Honra as deputadas Cantora Mara Lima e Claudia Pereira; a ex-vice-governadora Emília Belinati; Mariana Mantovani Húpalo, representante regional da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE); a presidente do Instituto Humanístico de Desenvolvimento Social (HUMSOL), Tânia Mary Gomes; e o vereador Chico de Uberaba, representando a Câmara Municipal de Curitiba.
Além dos vários pronunciamentos destacando a importância da prevenção como o melhor caminho para a cura e elencando os vários dispositivos legais que auxiliam nessa luta, várias apresentações musicais e de dança marcaram o evento, envolvendo crianças que são pacientes do setor de Oncologia do Hospital de Clínicas e integram o programa Criarte. Em nome dos homenageados falou o médico Evanius Garcia Weirmann.
Números – A cada 12 minutos uma mulher é diagnosticada como portadora do mal. Cinquenta mil novos casos são registrados a cada ano, e um terço desse universo vai a óbito ainda no primeiro ano da manifestação da doença. Nos últimos três anos triplicou o índice de mulheres diagnosticadas abaixo de 35 anos, subindo de 6,7% dos casos para 17,5%. A cada 100 casos envolvendo mulheres, um ocorre com homens, que apesar de raros, são também mais agressivos. Nos anos 1950, as chances de cura eram de 30%. Hoje, com diagnóstico precoce, as chances são de até 95%. Ainda assim, e com o advento da Lei 11.664/2009, que garante a mamografia gratuita à mulher a partir de 40 anos, ainda é o tipo de câncer que mais mata mulheres no país.
São considerados fatores de risco a obesidade, o sedentarismo, a ingestão de bebidas alcoólicas, a exposição a radiação ionizante em idade inferior a 35 anos, fatores hereditários, primeira menstruação precoce, menopausa tardia, primeira gravidez após os trinta anos e não ter tido filhos.