12/09/2005 19h26 | por Carlos Souza
Para: Editoria de Política e ColunasDistribuído em 12/09/05 A Assembléia Legislativa recebeu nesta segunda-feira (12), no Plenarinho da Casa, os governadores do PMDB e demais representantes da sigla para discutir a elaboração de um programa nacional partidário, visando às eleições presidenciais de 2006. “Este ato tem relevância nacional e a Assembléia demonstra mais uma vez que está aberta ao debate promovido por políticos e representantes da sociedade, conforme política adotada pela nova Mesa Executiva”, afirmou o presidente do Poder Legislativo, deputado Hermas Brandão (PSDB). Estiveram presentes no encontro os governadores do Paraná, Roberto Requião; de Pernambuco, Jarbas Vasconcellos; e do Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho, além do secretário Estadual de Segurança do Rio de Janeiro, Antony Garotinho; o ex-governador de São Paulo, Orestes Quércia; e o economista Carlos Lessa. Também participaram do evento os deputados estaduais do diretório paranaense do PMDB, presidido pelo deputado Dobrandino da Silva (PMDB), entre outros integrantes e representantes da legenda. Segundo Requião, o esforço maior do partido nesse momento “é se concentrar na formulação de um projeto alternativo de desenvolvimento para o País”. “O momento não é definir nomes, mas de formatar um programa que deverá ser seguido pelo candidato à Presidência”, ressaltou o governador paranaense. De acordo com a Comissão Executiva Nacional do PMDB, a eleição prévia para escolher o candidato do partido à Presidência da República será no dia 5 de março de 2006. Orestes Quércia também aproveitou a ocasião para lembrar que o País está vendo o enfraquecimento do governo federal. “Nós não queremos isso para o PMDB e as várias frentes do partido vão se unir e promover um esforço conjunto, visando o crescimento da sigla”, garantiu Quércia, ressaltando ainda que as diversas lideranças políticas da legenda já iniciaram conversas para alcançar esse objetivo. Já o economista Carlos Lessa, responsável pela formulação do Programa do PMDB em conjunto com outros membros do partido, as decepções de hoje estimulam a sigla ao lançamento de uma candidatura própria. “Esse é o primeiro encontro de outros 23 que serão realizados para aprofundar os debates sobre o programa nacional que idealizamos. Com isso, vamos mostrar que a atual política econômica é errônea e antidemocrática”, ponderou Lessa. “A blindagem da economia mostra a ousadia de muitos, que se beneficiam da desgraça alheia”, acrescentou. O economista disse também: “Se eu fosse um marciano e estivesse de passagem pelo Brasil, e acabasse lendo o que é divulgado pelo governo, eu iria achar que o Brasil é maior maravilha do mundo”. Lessa atentou ainda para o fato de que “um projeto nacional bem sucedido determina as regras dos investimentos. E, a retomada dos investimentos faz parte de um projeto nacional que vise o desenvolvimento. Não podemos viver num país onde os bancos engordam seu faturamento em mais de 100% e o País não cresce mais que 1%”, frisou. Anthony Garotinho também atentou para o fato do PT não ter cumprido sua promessa de mudar o Brasil para melhor. “O projeto apresentado pelo governo Lula não nos levou ao crescimento e a economia seguiu com a mesma proposta. As ações apresentadas na Carta ao Povo Brasileiro se mostraram infundadas, até porque ela negava a própria história do partido”, disse Garotinho.