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Assessoria de Imprensa da Alep

A Assembleia Legislativa recebeu nesta terça-feira (27) o secretário de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, que fez um balanço sobre a situação no Paraná, com a apresentação dos investimentos feitos na área, que segundo ele, somariam nos últimos sete anos em que esteve à frente mais de R$ 6 bilhões. Neste ano, de acordo com o secretário, o setor deve receber R$ 1,2 bilhão, chegando assim até o final do ano a R$ 7 bilhões de investimentos na área de segurança.“A discussão sobre o tema é importante para o regime democrático, pois assim todos os deputados podem ter conhecimento da situação da segurança pública no Paraná, a fim de realizarmos aquilo que é a essência do Parlamento, a fiscalização das ações do Executivo, mas não de forma apenas partidária, mas plural e necessária para o desenvolvimento e o avanço em áreas imprescindíveis à nossa população”, afirmou o presidente da Assembleia Legislativa, Nelson Justus (DEM).“A segurança pública é um problema do País, mas para diminuir os índices de criminalidade diversas ações têm sido tomadas, entre elas, a reestruturação dos policiais, a repressão ao crime organizado e o combate à corrupção. O Paraná é o segundo estado brasileiro que mais investe em segurança pública, ficando atrás apenas de São Paulo”, pronunciou o secretário de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari.O secretário disse durante sua apresentação que deve haver um aumento do efetivo policial, com a contratação de 800 policiais civis, além do ingresso, por meio de concurso, que será realizado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), de mais de 2.500 policiais civis e militares. Ele falou ainda que desde 2003 foram contratados 6.421 profissionais para a segurança pública. “Atualmente temos na ativa 17 mil policiais militares, sendo o sexto Estado com maior efetivo do País, perdendo apenas para São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Sul. Há 4.300 policiais civis, o que nos deixa em sétima colocação no País”, completou.Além de investimentos em recursos humanos, o Governo também aplicou recursos em infra-estrutura com o objetivo de padronizar as instituições policiais. Desde 2003, foram compradas 16.874 armas, 4.614 viaturas e 29 mil coletes balísticos. Também foram aplicados mais de R$ 26 milhões em reformas e construções de prédios para as polícias Civil, Militar e Científica.O secretário também citou as leis aprovadas pela Assembleia Legislativa, que beneficiaram as polícias. As leis citadas foram a que instituía bônus por armas apreendidas, a indenização por morte ou invalidez, a gratificação técnica para policiais que investem em formação, além da eliminação de critérios de altura mínima para ingresso na corporação. Ele lembrou ainda o trabalho feito pelas deputadas estaduais Cida Borghetti (PP) e Luciana Rafagnin (PT) para o aumento do ingresso de mulheres na corporação.O combate ao tráfico de drogas foi outra temática tratada pelo secretário durante esta tarde (27). Entre os programas nesta área de atuação estão o 181- Narcodenúncia, o Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência), desenvolvido pelo Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária e a Força Samurai, que atua com base nas denúncias ao 181 e em conjunto com a Polícia Civil, Polícia Federal e Ministério Público.Dados apresentados pelo secretário apontam que em operações policiais foram apreendidos oito mil quilos de cocaína, cinco milhões de crack, 536 toneladas de maconha e 1.433 armas, resultando na prisão de mais de 19 mil pessoas. Ele afirmou ainda que o trabalho de combate e repressão ao tráfico de drogas teria resultado em diminuição de homicídios nos grandes centros urbanos e, que em 172 cidades, não foram registrados nenhum crime contra a vida.DEPUTADOS - Depois de fazer o balanço das ações e investimentos da Secretaria da Segurança Pública, Delazari respondeu a perguntas feitas pelos deputados. O primeiro parlamentar inscrito para as perguntas, Antônio Belinati (PP), falou sobre os salários pagos aos policiais e quis saber por que o Estado não implanta o subsídio como forma de remuneração, uma reivindicação que vem sendo feita pela categoria há 11 anos. Previsto na Constituição Federal, o subsídio agrega várias gratificações a um único salário mensal. Delazari concordou que o salário-base pago aos policiais paranaenses não é “o que ele e o governador Roberto Requião gostariam de pagar”, mas que nos últimos sete anos houve um aumento de 163% no valor pago aos policiais em início de carreira. “Em dezembro de 2002, o salário-base de um policial era de R$ 706,29, valor que hoje chega a R$ 1.822,00”, disse. Quanto à implantação do subsídio, o secretário afirmou que o assunto é de responsabilidade da Secretaria de Estado do Planejamento. O deputado Mário Roque (PMDB) questionou sobre o número de policiais para atender o Estado, principalmente a região litorânea, onde está sua base de atuação. Ele citou como exemplo o município de Guaratuba, que de acordo com ele teria mais de quatro mil habitantes e apenas 41 policiais e oito investigadores trabalhando na região. Delazari disse que a preocupação do deputado é comum em todo o Paraná e que, embora isso aconteça, a polícia vem conseguindo reduzir os crimes contra a vida no Litoral. Segundo ele, apenas em Paranaguá essa redução chega a 20%, o maior índice registrado em todo o Estado. Na avaliação do deputado Caíto Quintana (PMDB), o aumento da criminalidade tem uma relação direta com o consumo de drogas. Por isso, ele perguntou de que forma a Secretaria da Segurança vem trabalhando para combater o tráfico de drogas e o crime organizado. Segundo Delazari, esse tipo de crime, assim como o da adulteração de combustíveis, o do colarinho branco e o da sonegação fiscal, dependem de políticas públicas. “No Paraná nossa prioridade tem sido a criação de polícias de elite como a Denarc, que combate o tráfico de drogas, o Grupo Tigre, o COPE e a Força Samurai e a Força Alfa.”. O líder da oposição, deputado Élio Rusch (DEM) questionou a informação do secretário, que em sua explanação garantiu que o Paraná é o segundo estado do país em investimentos em segurança pública. De acordo com Rusch, dados disponibilizados pelo governo federal mostram que no ranking de investimentos, o Paraná ocupa a 22ª colocação. O deputado Neivo Beraldin (PDT) subiu à tribuna para fazer uma sugestão. Para ele, os deputados devem apresentar emendas que garantam no orçamento de 2010 recursos para a construção de clínicas para tratamento de usuários de drogas. O secretário disse que a proposta deveria ser discutida em todo o País: “Temos que agir antes destes jovens ingressarem neste ciclo das drogas, o que só é possível com investimentos em educação e na profissionalização dessas pessoas”. Mauro Moraes (PSDB) perguntou ao secretário sobre o aumento dos salários dos policiais e o valor das diárias pagas aos policias em deslocamento para atividade, que hoje é de R$ 120,00. O secretário disse que o valor das diárias está previsto na lei e novamente reiterou que a política salarial tem sido uma das bandeiras do governo Requião. O deputado Valdir Rossoni (PSDB) questionou a informação dada por Delazari de que um delegado não é responsável pela segurança de mais de cinco municípios. Segundo Rossoni, a delegacia de Guarapuava responde por 25 municípios. Delazari disse que a delegacia é uma subdivisão que tem mais sete delegados trabalhando na região.
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