22/11/2005 17h15 | por Kelen Vanzin
EMPRESAS ESTRANGEIRAS DOMINAM A CONSTRUÇÃO DE BARRAGENS NO PAÍSUm novo modelo energético para o país foi discutido hoje, 22, durante audiência pública, no Plenarinho. Representantes de várias entidades ligadas ao meio ambiente relataram a forma como empresas como a belga Tractebel tratam os atingidos por barragens. “Eles chegaram a pagar R$ 36 por uma indenização a um morador que perdeu suas terras devido à barragem. Estamos entregando nosso bem público na mão de capitalistas que querem nos explorar cada vez mais”, disse Helio Meca, coordenador nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens, MAB. Também foi discutida por mais de três horas, a construção de mais quatro usinas, autorizadas na semana passada pelo Legislativo. Todas irão afetar o Vale da Ribeira e os rios Iguaçu e Tibagi. O deputado e líder do PT, Tadeu Veneri questionou o modo como as usinas devem ser construídas e ainda a falta de informação dos pequenos agricultores que serão atingidos diretamente pelo projeto. “Poderá acontecer o que houve em Ortigueira, onde os agricultores que tiveram áreas inundadas formaram bolsões de pobreza na região, hoje a de menor IDH do Estado”, alertou.O coordenador do MAB apontou a existência de 494 projetos de barragens até 2015, no país. Segundo Meca, há no país 1 milhão de pessoas atingidas pela construção das barragens e que 70% ainda não receberam indenização. Entre as entidades participantes, além do CEDEA, estiveram o Movimento dos Atingidos por Barragens; o Núcleo de Estudos do Meio Ambiental da Universidade Estadual de Londrina (que estuda a qualidade da água do rio Tibagi desde 90), Sindicato dos Servidores Públicos da Agricultura, Meio Ambiente, Fundepar e afins, Associação dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais da Agricultura Familiar de Cerro Azul, Amigos da Terra, Liga Ambiental e outras.Liderança do PT/PRKelen VanzinAssessora de Imprensa(41) 350-4157(41) 91966533www.pagina13pr.org.br