
A tarde desta quarta-feira (25) foi um momento para os servidores da Assembleia Legislativa do Paraná refletirem sobre o endividamento e a adoção de medidas para “sair do vermelho”. A palestra "Use Bem Seu Dinheiro, Poupar para Render", realizada no Plenarinho e organizada pela Escola do Legislativo em parceria com a Diretoria Financeira e o Banco Itaú, tratou de temas como o consumo consciente e a organização orçamentária.
Ao longo de uma hora, o gerente regional da Diretorias de PABS e Folhas da Itaú Unibanco, Julio Cesar de Oliveira Filho, apresentou uma série de exemplos de estratégias para endividados conseguirem colocar as contas em dia. A adoção delas é fundamental para que as pessoas estejam adaptadas às constantes flutuações e o cenário de incerteza que marca a economia brasileira.
“Hoje nosso papel é trazer ao cliente como se organizar, ter os alvos certos e corrigir as rotas no meio do caminho. Quando a gente fala do assalariado, são muito mais comuns temas como falhas de planejamento e orçamento, do que investimento”, destacou Oliveira Filho. Ter as contas em dia é um passo fundamental antes de realizar aplicações financeiras, alertou o gestor.
Um erro comum é realizar o planejamento financeiro considerando o salário “cheio”, sem levar em conta despesas fixas como aluguel, mensalidades e outras contas. Associado a isso, a ocorrência de imprevistos, como acidentes e doenças, e a falta de uma reserva de emergência são grandes gatilhos para as pessoas perderem o controle do seu orçamento.
“Inflação, aumento dos custos, do combustível, mercado, juros. Tudo isso impacta no nosso poder de compra. Se eu tenho mais gastos e não aumento minha renda proporcionalmente, tende-se a falta renda no final. Há coisas que fogem da nossa mão. Não é o caso dos desperdícios, que estão na nossa mão”, pontuou o palestrante.
Orientações
Dentre as dicas elencadas pelo gerente regional, está o corte de despesas com produtos que não são utilizados. Cancelar a inscrição de plataformas de streaming que não são usufruídas e a academia que não é frequentada, por exemplo, são bons primeiros passos. Oliveira Filho também sugeriu que as pessoas definam percentuais a serem gastos em cada área da vida pessoal – como alimentação, vestuário, lazer, por exemplo – e tentem manter os custos dentro do estabelecido.
Pagar as contas no mesmo dia em que elas são cobradas permite que as pessoas tenham uma noção mais clara do quanto podem gastar no mês, ressaltou o profissional. Além disso, o palestrante destacou a necessidade de as pessoas terem uma reserva de emergência para utilizarem durante imprevistos. Anotar dívidas, ranqueá-las por antiguidade e sinalizar as taxas de juros é outra prática sugerida.
Por fim, Oliveira Filho dedicou um momento para explicar ferramentas como o “dividômetro” e a fórmula de patrimônio líquido esperado. A primeira consiste no ranqueamento das dívidas relacionando-a a proporção da renda pessoal – caso o endividamento corresponda a 30% ou mais, o “sinal vermelho” está ligado. A segunda ajuda a entender qual seria a renda de uma pessoa se ela possuísse uma poupança com aportes correspondentes à 10% do salário.
“Fechar os olhos não nos ajuda, só piora a situação. Estamos num momento de taxas de juros muito alta e cenário conturbado. O crédito é um grande vilão hoje. Se você precisa utilizá-lo nesse momento, há grande chance de você ter alto custo sobre ele. Utilizem o serviço dos profissionais do banco para se informar sobre as dívidas e entender quais são os melhores produtos”, finalizou o palestrante.