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Frente Parlamentar debate conservação da araucária como fonte de renda para agricultores familiares

Flávio Zanette entende que preservação da espécie passa pela exploração econômica de seus produtos não madeiráveis, como o pinhão.

O Plenarinho da Assembleia Legislativa recebeu na manhã desta segunda-feira (7) audiência pública para discutir a conservação da araucária com geração de renda para agricultores familiares. O encontro, organizado pela Frente Parlamentar Ambientalista, contou com a participação do engenheiro agrônomo e professor Flávio Zanette, da Universidade Federal do Paraná; dos pesquisadores da Embrapa, Ivar Wendling e Valderês Aparecida de Souza; e do representante do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Jorge Mazuchowski.

“Se nós não tivermos a araucária sendo plantada ela vai acabar, pois hoje ela já está em regime de extinção. A Frente Parlamenta Ambientalista já tem algumas iniciativas em relação à proteção da araucária, entre elas uma proposta que possibilita a regulamentação do plantio da árvore em nosso estado. O que nós precisamos fazer é criar um caminho para plantar araucária para a colheita de pinhão e a preservação da espécie”, afirmou o deputado Rasca Rodrigues, coordenador da Frente.

Extrativismo – Para o professor Flávio Zanette, a produção de pinhão do estado do Paraná precisa ter a técnica aprimorada, visando a preservação da araucária. “A nossa produção, como em todo o Brasil, é extrativista. Extrativismo quer dizer retirar do remanescente de araucárias nativas que nós ainda temos, que a cada ano está diminuindo porque não se planta e não se preserva novas matrizes produtoras”, alerta Zanette.

Segundo o professor, a forma mais segura de garantir a preservação da araucária, que é a árvore símbolo do Paraná, é a exploração econômica de seus produtos não madeiráveis, dentre eles especialmente o pinhão. Desta forma, frisa o professor Zanette, “o pinheiro irá valer muito mais em pé do que deitado”.

Enxertia – Lembrando que hoje a araucária ocupa apenas 2 ou 3% de sua área original, o professor da UFPR defende a produção de pinhões a partir de técnicas como a da enxertia, empregada na fruticultura. Este cuidado contribuiria para a precocidade reprodutiva da araucária, com produção antecipada de pinhões; a possibilidade de selecionar materiais genéticos de matrizes de alta qualidade produtiva e variedades mais atrativas ao consumidor; e a garantia do estabelecimento de pomares de araucária com proporção mais adequada de plantas fêmeas (80%) e plantas machos (20%). “Considerando as características e potencial produtivo da araucária enxertada, a comercialização de pinhões pode ser uma saída para estimular o plantio econômico da espécie e contribuir para a sua preservação”, destaca.

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