21/09/2005 12h10 | por Roberto José da Silva
Para Editoria de PolíticaDistribuído em 21/09/2005Jornalista: Roberto José da SilvaHERMAS BRANDÃO VAI ELABORAR PROJETO PARA ACABAR COM MANIFESTAÇÕES RACISTASO deputado Hermas Brandão (PSDB), presidente da Assembléia Legislativa do Paraná, vai elaborar um projeto de lei para tentar acabar com qualquer tipo de manifestação racista no Estado.Ele fez esta promessa a dois representantes da comunidade negra do Paraná que o visitaram na manhã desta quarta-feira (21). A socióloga Marcilene Garcia de Souza, presidente do Instituto de Pesquisa da Afrodecendência (IPAD), e o jornalista Saul Dorval da Silva, presidente do Instituto Brasil África (IBAF), levaram ao presidente a solicitação para a criação do SOS Racismo. Eles tomaram esta atitude depois que vários adesivos começaram a surgir em Curitiba apontando para o surgimento de um grupo denominado “Orgulho Branco” que assina uma manifestação com o seguinte teor: “Mistura Racial? Não, Obrigado”.“Não há razão nenhuma para isto. Estamos no século XXI e é preciso combater de todas as formas legais este tipo de manifestação”, afirmou o deputado Hermas Brandão. Ele concordou em elaborar o projeto, mas pediu a colaboração dos interessados. “Quero que me apresentem as sugestões. Depois, vamos debater o problema numa Audiência Pública para, então, elaborar o projeto de lei”, garantiu o presidente da Assembléia.Marcilene e Silva disseram que, em sete dias, entregam as sugestões ao deputado. “Basicamente, precisamos ter um mecanismo que indique para onde a pessoa vítima de preconceito tenha que se dirigir, o caminho para que esta queixa vá à Promotoria Pública para a elaboração do inquérito e, claro, a base legal para a ação da polícia”, informa o presidente do IBAF.Somente em Curitiba há 10 grupos que lutam contra o preconceito. Os presidentes das duas entidades vão recolher sugestões de todo o Paraná. Eles disseram que ficaram muito satisfeitos com o interesse do deputado Hermas Brandão. “É assim que tem de funcionar a Casa que representa os interesses da sociedade”, disse Saul Dorval da Silva.