11/09/2007 18h07 | por
Depois de uma visita oficial onde constatou pessoalmente os problemas do Hospital da Criança de Ponta Grossa e do Hospital Ana Fiorino, em Castro, o deputado Marcelo Rangel, líder do PPS, na Assembléia, pediu uma reunião de emergência da Comissão de Saúde, onde pretende apresentar um vídeo onde constam notas oficiais, depoimentos de médicos e representantes desses hospitais.Segundo o deputado, o descaso do Governo do Paraná para com essas instituições é lastimável. Os hospitais não oferecem condições de segurança profissional para os médicos. Em Ponta Grossa, o Hospital da Criança não tem o mínimo necessário para a assistência em cirurgias e monitoramentos. “É uma situação muito grave, pois o problema se estende há vários anos, praticamente desde que foi inaugurado”. Ponta Grossa vem pedindo investimentos para as UTIs pediátricas e o governo protela. “O Hospital da Criança não dispõe nem de cozinha para a alimentação de pacientes, médicos e funcionários”, relata o deputado.Ele constatou também que os dois únicos equipamentos de monitores cardíacos estão ultrapassados. Faltam equipamentos básicos: “O Hospital da Criança só serve a comunidade de Ponta Grossa e Região, graças ao trabalho heróico do seu quadro clínico”, critica o deputado.Ele frisa também que “isso é um verdadeiro crime, pois há inúmeras salas prontas para o atendimento do público, mas estão vazias, sem qualquer equipamento. Nem mesmo camas ou macas para o atendimento, enquanto crianças e adolescentes continuam morrendo a espera das UTIs”.Diversas vezes a Secretaria de Saúde acusou que havia falta de espaço físico para implantar as UTIs de Ponta Grossa. “Isso é uma grande mentira”, adverte Rangel. “Toda a estrutura que eles alegam que não existe está aqui há quase doze anos. O que falta é vontade política e compaixão para com o povo de Ponta Grossa e dos Campos Gerais”.Sobre o Hospital de Castro, Marcelo observou que há só cinco UTIs, mas que funcionam com sérios problemas de manutenção. De acordo com os médicos que recepcionaram o deputado, os equipamentos de quatro UTIs estão estragados. E a qualquer momento pode ocorrer falha com o que está em funcionamento. “Isso pode ocasionar graves conseqüências para a vida de um paciente”, destacou.