Os deputados Reni Pereira (PSB) e Marcelo Rangel (PPS), integrantes da CEI que investiga os gastos de Publicidade do governo Requião nos anos de 2005 e 2006, questionaram a condução dos trabalhos da comissão realizada pelo presidente Dobrandino da Silva (PMDB).Reni Pereira se mostrou insatisfeito com a demora nas investigações, mas não quer acreditar que seja uma manobra governista para barrar a apuração. “Se estão usando de tática para retardar o trabalho, estão conseguindo. Essa situação vai pegar mal para o governo que tem na comissão a oportunidade de esclarecer as denúncias levantadas. Esperamos poder investigar e solucionar esta questão”, disse.O deputado acredita que se o autor da proposta de criação da CEI tivesse o direito de presidir as investigações, a situação seria diferente. “Infelizmente o Rangel não pôde presidir. Com ele na presidência as investigações teriam tomado um outro rumo”, ressaltou Pereira que não descartou a possibilidade de abandonar a comissão. “Não estou à vontade com essa demora. Se os documentos solicitados não chegarem no prazo estipulado, vou conversar com os integrantes do meu bloco partidário para analisar a possibilidade de afastamento da CEI. Temos que dar uma resposta à sociedade, se houve ou não irregularidades. Da maneira como está não chegaremos a conclusão alguma”, finalizou Pereira.Já o deputado Marcelo Rangel acredita que com a apresentação de um novo requerimento ampliando para nove o número de deputados integrantes na CEI essa paralisia seja resolvida. “Vamos apresentar um requerimento na próxima semana. Aprovando, terei condições de participar como membro efetivo da Comissão e pleitear a presidência. Se tivermos um presidente e um relator com vontade de trabalhar, a coisa anda” argumentou.Caso consiga a aprovação e a presidência da CEI, Rangel se comprometeu a trabalhar com mais vigor para investigar as denúncias. “Aqui na Assembléia têm pessoas de bem e com vontade de trabalhar. Se trabalharmos todos os dias, em pouco tempo, teremos condições de dar uma resposta à sociedade”, afirmou Rangel.