Oficina na Assembleia ensina a reduzir lixo orgânico caseiro pela metade

24/06/2019 17h25 | por Thiago Alonso
A compostagem foi o tema de uma oficina ministrada pela gestora ambiental Iracema Bernardes.

A compostagem foi o tema de uma oficina ministrada pela gestora ambiental Iracema Bernardes.Créditos: Kleyton Presidente/Alep

A compostagem foi o tema de uma oficina ministrada pela gestora ambiental Iracema Bernardes.

Um passo a passo simples de como fazer compostagem orgânica.Créditos: Arte: Mandato Goura

Um passo a passo simples de como fazer compostagem orgânica.

A gestora ambiental Iracema Bernardes estima que os resíduos orgânicos gerados em residências representem cerca de 50% de tudo o que é encaminhado para aterros sanitários. São restos de frutas e legumes, cascas, grãos e sementes em geral, a borra e o filtro do café e até mesmo o saquinho do chá. Tudo isso pode ser transformado por meio da técnica conhecida como compostagem. O resultado? Adubo para jardins e hortas e menos resíduos no lixo.

O processo foi tema de uma oficina ministrada pela gestora ambiental na manhã desta segunda-feira (24) na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Proposta pela Comissão de Ecologia, Meio Ambiente e Proteção aos Animais, presidida pelo deputado Goura (PDT), a atividade reuniu funcionários do Legislativo, e a população em geral, interessados em aprender a técnica de transformação de resíduos orgânicos em adubo caseiro.

O processo consiste na mudança do que poderia ser considerado lixo em composto estabilizado, um tipo de fertilizante natural. “Com a técnica, transformamos resíduos em adubo dentro de casa ou em apartamentos com o uso de caixas reutilizáveis e minhocas”, explicou.

De acordo com a pesquisa “Perspectiva sobre a Gestão de Resíduos na América Latina e no Caribe”, publicada no ano passado pela ONU Meio Ambiente, todos os dias 145 mil toneladas de lixo são descartadas de maneira incorreta na América Latina. A quantidade equivale ao que é gerado por 27% da população latino-americana e caribenha – ou seja, 170 milhões de pessoas.

Ciclo – Com muito pouco, parte deste lixo poderia ter outro destino. É o que ensinou Iracema Bernardes. De acordo com ela, o processo de compostagem doméstica é simples, fácil e não requer gastos significativos ou grandes espaços. “As pessoas só precisam entender o processo para aplicá-lo em qualquer lugar”, comentou.

Para fazer a compostagem, bastam três baldes ou organizadores plásticos para armazenar os restos de alimentos orgânicos. Eles são colocados junto com folhas de árvores, serragem ou grama seca. Minhocas são incorporadas aos baldes para ajudar no processo, que não gera odores.

Após alguns meses, dependendo das condições de temperatura e de umidade, o que antes era lixo se transforma em um composto estabilizado, rico em húmus e nutrientes minerais, com atributos físicos, químicos e biológicos superiores àqueles encontrados nas matérias primas. Restos de comida temperadas ou salgadas, fezes de animais e alimentos ácidos não podem ser adicionadas à mistura. “Nossos resíduos fazem parte do ciclo do alimento. Com a compostagem, eles voltam para a terra”, afirmou.

Informações – A aula empolgou a servidora Karen Leon, que trabalha na Comissão de Finanças e Tributação da Assembleia e participou da oficina. Ela contou que pretende por em prática tudo o que aprendeu. “Informação, ainda mais na área do meio ambiente, nunca é demais. Com certeza vou montar uma composteira em casa”, comentou.  

Na semana passada, Iracema Bernardes, que é servidora do gabinete do deputado Goura, também ministrou a oficina, que faz parte das ações do Junho Verde, instituído pela Lei estadual nº 19.502/2018. A compostagem, ou a gestão de resíduos orgânicos, está prevista ainda na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010).  




Agenda

TRAMITAÇÃO DE PROJETOS

LEIS ESTADUAIS

PROJETOS PARA JOVENS

  • Visita Guiada
  • Geração Atitude
  • Parlamento Universitário
  • Escola do Legislativo
Assembleia Legislativa do Estado do Paraná © 2019 | Desenvolvido pela Diretoria de Comunicação