10/05/2006 18h42 | por Miguel Ângelo
A indústria do Paraná está em queda livre e o governador Requião continua de costas para a iniciativa privada, disse nesta última quarta-feira (10) na Assembléia o deputado Élio Lino Rusch (PFL). Ele se referia à queda de 3,2% na produção em março, na comparação com igual mês do ano passado, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.Apesar da gravidade dos números, Rusch diz que não existe um movimento do governo em criar uma política industrial que possa estancar a estagnação do desenvolvimento do Estado. “O governo tem de ser parceiro das empresas. Quando isso acontece existe geração de emprego, renda, impostos. Mas o governo só sabe agredir o setor produtivo”, critica Rusch.O desempenho do Paraná foi o pior entre as 14 áreas pesquisadas pelo IBGE - ao lado do Rio Grande do Sul, que registrou queda de 1% na produção - e o nono resultado negativo consecutivo no Estado. Em nível nacional, a produção avançou 5,2% na comparação com março de 2005 e recuou 0,3% na comparação com fevereiro.Mesmo assim, em vez de apoiar a iniciativa privada, o governador prefere insultar a comunidade empresarial da região Oeste do Estado, quando esta reivindica um aeroporto regional para Cascavel. “O governador não aceita isso de forma alguma”, disse o deputado, que reproduziu o diálogo entre Requião e um repórter, em Santa Terezinha do Itaipu, na semana passada. “Quando perguntado sobre o projeto do aeroporto, o governador reagiu assim: - De novo esta palhaçada? Você não tem o que fazer? Vai trabalhar, rapaz...”, relatou Rusch.O parlamentar lamentou o fato de o governador só ter a xingar quando é questionado sobre as demandas da comunidade. “Ele chama a comunidade da região Oeste de ‘palhaços’, os agricultores de Santo Antônio do Sudoeste de ‘burros’, enfim, só sabe agredir ao invés de buscar respostas para as demandas da população”, criticou Rusch. Para aprofundar a questão, o deputado pefelista requisitou dados da Secretaria da Fazenda, de uma lista das 50 maiores empresas em recolhimento do ICMS. “Já tenho a relação e vamos estabelecer os motivos que atraíram estas empresas para cá, e o mais importante: quando elas vieram para o Paraná”, explicou.Liderança da OposiçãoFone: 3350-4193Miguel Ângelo