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Plauto Cobra Ação Efetiva do Governo

Para: Editoria de Política e ColunasDistribuído em 28/09/05Jornalista: Carlos SouzaPLAUTO COBRA AÇÃO EFETIVA DO GOVERNO O deputado Plauto Miró Guimarães (PFL) discursou nesta quarta-feira (28) no plenário da Assembléia Legislativa e, com base em matérias publicadas pelos veículos da Rede Paranaense de Comunicação (RPC), mostrou que a saúde de Ponta Grossa enfrenta uma grave crise e que o Governo do Estado faz pouco para resolver o problema. Miró destacou ainda as seguidas manifestações desrespeitosas do governador aos veículos de comunicação da rede.“Precisamos defender a liberdade de imprensa e cobrar uma postura séria desse Governo que só faz promessas e fica no discurso. Se o governo diz que está investindo, porque os hospitais continuam registrando mortes nas filas das UTIs”, questionou Guimarães.Em seu discurso, Plauto destacou manchetes diversas, divulgadas nos últimos meses desse ano, como: “Ponta Grossa perde dez leitos de UTI” ,“Até recém-nascidos estão na fila de espera” (junho), “Vagas em UTIs no Paraná continuam sendo insuficientes” (agosto), “Relatório aponta 31 mortes na espera, em Ponta Grossa” (agosto), “Oferta de UTIs cai 20% em Ponta Grossa” (setembro), “Orçamento da saúde for maquiado” (setembro).“O governador deveria agradecer e elogiar o trabalho da imprensa, que a cada dia o alerta dos descasos com a vida dos pacientes e a falta de recursos para os hospitais, em especial, nos Campos Gerais. Mas, não. Em vez disso, o governador propõe a entrega do Troféu Severino Cavalcanti (ex-presidente da Câmara dos Deputados, que renunciou sob denúncias de corrupção) a estas empresas de comunicação”, lembra Miró, destacando o pronunciamento do governador, onde ele disse que o “troféu” seria uma montagem do corpo de um rato com o rosto do ex-deputado.“Não podemos aceitar que o governador imponha somente sua verdade. A imprensa é livre e deve continuar desempenhado seu papel da melhor maneira, assim como deveria fazer esse Governo. Não é possível que o governador e o secretário da saúde afirmem que a situação melhorou e que as reportagens são mentirosas, se a cada dia vemos mais e mais pessoas morrendo nas filas de espera das UTIs”, ressaltou o deputado.Plauto lembrou ainda que o próprio secretário, Cláudio Xavier, em recente entrevista a um jornal dos Campos Gerais, disse “que não mais motivos para que pessoas morram por falta de UTI em Ponta Grossa”. Pelos indicadores do Ministério da Saúde e da Associação Médica Brasileira, o Paraná está fora dos patamares ideais de disponibilização de leitos de UTI. Segundo dados estatísticos, a proporção deveria ser de 10% dos leitos gerais. Ou seja, como o Estado tem 23.983 leitos hospitalares credenciados no SUS, ele precisaria ofertar 2.398 vagas de UTI. No entanto, a rede pública de atendimento intensivo conta com apenas 929 leitos, sendo que o mínimo deveria ser 959.“Como se vê, a situação é grave, mas o governo tenta tapar o sol com a peneira. Afinal, onde estão os investimentos de R$ 1 bilhão na saúde?”, acrescentou o parlamentar.MAQUIAGEM - Informações do Ministério da Saúde mostram que o Governo do Estado mentiu ao afirmar que investe o percentual mínino exigido na pasta da Saúde. A Emenda Constitucional 29 estabelece que um porcentual mínimo de 12,5% dos recursos próprios do Estado deve ser aplicado no setor de saúde. De acordo com auditoria feita pelo Ministério da Saúde o governo maquiou o orçamento. O Estado diz que investiu 11% na área de saúde em 2004, mas descontados os gastos não relacionados à área, o valor real foi de 7,3%. A auditoria revela que o Paraná utilizou indevidamente R$ 218 milhões (ou 34%) dos R$ 641 milhões declarados no orçamento para cobrir gastos com outras despesas. Ao todo, conforme prevê a Constituição, o Governo do Paraná deveria ter investido R$ 1,5 bilhão na área da saúde.
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