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Saúde é muito mais importante que plebiscito, defende Turini

Mais importante do que a reforma política, o plebiscito e outros temas colocados em debate pelo governo federal, a saúde deve ser a prioridade das ações da presidente Dilma Roussef. Nas manifestações realizadas em todo o País, a população demonstrou a insatisfação com os serviços públicos e quem depende do Sistema Único de Saúde (SUS), que são 80% dos brasileiros, sabe o quanto é difícil conseguir atendimento. A opinião é do médico e deputado estadual Tercílio Turini (MD), que em pronunciamento nesta terça-feira (2), no Plenário da Assembleia Legislativa, cobrou mais investimentos do governo federal no SUS e mais empenho para diminuir o sofrimento da população.

“Todas as pesquisas apontam: a saúde é a maior queixa dos brasileiros. Faltam médicos nos postos, a demora para atendimento é grande, uma cirurgia pode levar anos para ser feita. É uma vergonha, um desrespeito ao cidadão”, afirmou. Tercílio citou a situação de Londrina, que enfrenta diversos problemas e agora convive com uma crise nos serviços de ortopedia. “São 18.650 pessoas à espera de consulta com ortopedista, 2.227 pacientes precisando de cirurgias. É um absurdo. Os médicos estão deixando de atender porque o valor que o SUS paga é uma afronta à dignidade profissional”, disse.

Ele relatou dois exemplos: numa consulta em plantão o ortopedista recebe R$ 7,50 e o hospital R$ 2,50; numa cirurgia com quatro dias de internamento o governo federal repassa R$ 172,00 para remunerar dois profissionais responsáveis pela consulta, procedimento e acompanhamento do paciente. “Representa R$ 21,50 por dia para cada um. Fica impossível praticar a medicina nessas condições”, ressaltou.

Para o deputado, a situação vai piorar nos postos de saúde e hospitais se o governo federal não agir rápido e destinar mais recursos para a saúde. “A paciência da população já se esgotou. A popularidade da presidente Dilma, dos governadores e prefeitos está em queda. As pessoas querem respostas dos governantes e não apenas para questões políticas. Precisam de atendimento de qualidade, de médicos, exames e remédios quando procuram o SUS. É possível melhorar, com determinação e mais recursos”, concluiu.

Áudio não disponível no momento.



 

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