SCARPELLINI DEFENDE PRODUTORESDA INCOERÊNCIA DE REQUIÃO.O deputado José Scarpellini (PSB), cobrou nesta quarta-feira (21), da tribuna da Assembléia Legislativa, uma posição de coerência do governo do Paraná, sobre as prisões promovidas pela Polícia Florestal e o IAP (Força Verde) de pequenos agricultores que faziam parte do antigo programa “Pró-várzea” e hoje são perseguidos e penalizados pelo fato de não possuírem reserva legal em suas propriedades. Ele apresentou na Comissão de Constituição e Justiça um processo em que 7 agricultores presos em Itambé, possuem o diploma “Destaque Paraná Rural”, outorgado pelo governo Roberto Requião, no primeiro mandato, dado a um Grupo de Produtores de Arroz Irrigado do Ribeirão Caxias. O programa de irrigação e drenagem, conhecido como Pró-várzea foi instituído pelo governador José Richa e mantido durante os governos de Álvaro Dias e Roberto Requião teve, no primeiro mandato deste, até premiação, através da Secretaria de Agricultura, pelo então secretário Osmar Dias e o próprio governador, à época Roberto Requião. O grupo recebeu esse diploma “pelo excelente trabalho prestado em apoio ao desenvolvimento da agropecuária paranaense”. Para o deputado, os produtores estão sendo presos e algemados porque trabalham, porque produzem e porque receberam um diploma. Para ele a ação da polícia ambiental do governo, é um ato de incoerência que deveria, isto sim, prender quem lançou o programa a 11 anos atrás, inclusive o governador que premiou o esforço de quem trabalha. “Como pode um agricultor que tem orgulho de exibir um diploma assinado pelo governador na parede da sala de sua casa, ser preso pelo crime de ter prestado excelente trabalho ao desenvolvimento do Paraná?” pergunta Scarpellini, argumentando que a caneta que antes premiava os pobres agora é a chibata que açoita. Ele citou os agricultores Luiz Denarde (78 anos), José Possobon (64) e José Vertuan (57), estão entre os heróis que implantaram a experiência exitosa da China no Paraná e hoje, são presos algemados e trancados em camburão, pelo mesmo governo que um dia os tratou como precursores do projeto. Scarpellini quer o reconhecimento destes pioneiros e anunciou que vai elaborar proposta de emenda constititucional para mudar a lei ambiental como forma para evitar este tipo de injustiças. “ Nem tudo que é torto, é feio ou errado, vejam as pernas do Garrincha e as flores do cerrados”, encerrou citando o poeta Nicolas Bheer. Informações: Osni Calixto 3350-4072