08/03/2007 09h22 | por Assessoria de Imprenda / (41) 9229-7968
Mesmo tendo requerimento rejeitado no plenário não pretende se calar. O deputado admitiu que se for preciso vai recorrer até ao Tribunal de Contas, mas não ficará neste mero bloqueio do plenário. O deputado Marcelo Rangel, líder do PPS na Assembléia Legislativa, ficou decepcionado ontem com a postura da bancada situacionista que impediu a aprovação de um requerimento solicitando informações sobre os gastos do governo Roberto Requião com propaganda, nos anos de 2005 e 2006. “Acho fundamental que a transparência seja uma prática natural dos homens públicos. Saio decepcionado com essa a postura que não oferece chance ao governo do Paraná de mostrar para a sociedade o que gastou com os órgãos de comunicação. A partir de agora tenho o direito e o dever de desconfiar que alguma coisa não está correta e que pode acobertar desmandos”. Marcelo comentou que pedira em seu requerimento informações discriminadas, por órgão de comunicação. E que apesar da matéria passar numa primeira votação acabou provocando a reunião dos situacionistas e um pedido inexplicável de revisão dos votos. Então o requerimento foi rejeitado por 23 a 17.“Não esperava esse tipo de postura. Não entendo o porquê de tanto receio. Se apresentei um documento sem a menor desconfiança, agora tenho razões de sobra para questionar: Quero saber o que tem de errado e porque tanta resistência em tornar públicas as despesas com a propaganda do governo Requião”.O deputado, que é profissional de imprensa e presidente da Comissão de Obras, Transporte e Comunicação da Assembléia Legislativa, pretende não esmorecer diante da negativa do plenário. “Entendo que mais do que nunca precisamos esclarecer o povo paranaense. Vou à busca da informação sobre cada centavo e faço questão de torná-la pública. E se houver erro, pior ainda. Acabo de ganhar da situação um bom motivo para ser persistente. Não estou aqui para caçar bruxas. Trabalho com o propósito de uma ação clara, sem subterfúgios. Não conheço muito bem essas artimanhas da política, mas garanto que aprendi, ao longo de minha vida a jogar limpo. Este será o princípio do meu trabalho parlamentar. Não quero estimular os caminhos tortuosos. Pretendo agir com decisão e não permitirei que os vícios do poder me atinjam. Entendo que esta passou a ser uma causa do maior interesse público. Não posso admitir que nossos órgãos de comunicação sejam envolvidos e sobre eles paire dúvidas. Se não há o que esconder que tudo seja revelado, em seus minuciosos detalhes. Estarei atento e disposto ao diálogo. Não gostei dos rumos desse primeiro episódio. Acho isso um desrespeito ao povo do Paraná que paga seus impostos com fidelidade. Minha juventude me dirige para outros rumos. E na ânsia de ser fiel aos meus eleitores, vou redobrar esforços para cumprir com a minha missão parlamentar”, concluiu o deputado.