
O deputado estadual delegado Tito Barichello (União Brasil), líder do Bloco Parlamentar da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), promoverá uma audiência pública para debater a valorização dos vigilantes no estado. O evento será realizado no Plenarinho da Alep, no dia 3 de setembro, às 18h30, e contará com a presença de representantes da categoria, autoridades públicas e demais interessados no tema.
A audiência busca dar voz às principais reivindicações dos profissionais da vigilância, como melhores condições de trabalho, valorização salarial, reconhecimento da importância da função e ampliação da atuação dos vigilantes em espaços públicos e privados.
De acordo com o deputado, a segurança privada exerce papel complementar à segurança pública, especialmente em áreas como escolas, hospitais, órgãos públicos e empresas. “Precisamos reconhecer o trabalho dos vigilantes, que atuam com responsabilidade e enfrentam riscos diariamente para proteger o patrimônio e as pessoas. Essa audiência será uma oportunidade para construirmos propostas que garantam mais dignidade e valorização para esses profissionais”, afirmou Barichello.
A participação na audiência é aberta ao público e faz parte dos esforços do mandato para promover o diálogo entre categorias profissionais e o poder legislativo.
Segundo a Confederação Nacional de Vigilantes (CNTV), o Paraná tem 91 mil vigilantes cadastrados na Polícia Federal, mas apenas 22,5 mil estão em atividade, atuando na segurança de espaços privados. Esse número representa o total de profissionais habilitados para exercer a função no estado, dos quais cerca de 25% estão empregados.
O deputado reforça que a segurança privada desempenha função importante no apoio à segurança pública, sobretudo em locais considerados sensíveis, como escolas, hospitais, órgãos públicos e empresas. A iniciativa integra o esforço do mandato de Barichello em promover um diálogo direto entre categorias profissionais e o Legislativo, visando políticas públicas mais eficazes e justas para trabalhadores que atuam na proteção social.
Violência e riscos enfrentados pela categoria
Embora não existam dados específicos e atualizados sobre o número de assaltos a vigilantes no Paraná, há registros de ataques a carros-fortes, que normalmente envolvem esses profissionais.
Não há, no entanto, estatísticas que indiquem quantas vítimas entre os vigilantes foram registradas nessas ocorrências. Segundo especialistas, a categoria é constantemente exposta a riscos, inclusive fora do ambiente de trabalho, o que torna ainda mais urgente a discussão sobre direitos e medidas de proteção.
Projeto de Lei quer garantir porte de arma a vigilantes fora de serviço
A audiência também deve incluir debate sobre o Projeto de Lei nº 158/2024, em tramitação no Congresso Nacional, que propõe alterações no Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003) para permitir que vigilantes possam portar arma de fogo fora do horário de serviço, desde que cumpram os requisitos legais.
Barichello defende a garantia do direito à legítima defesa dos vigilantes mesmo fora do expediente, bem como a redução dos custos com munição destinada aos treinamentos. Segundo o parlamentar, a medida busca reforçar a segurança dos profissionais e contribuir para a valorização da categoria.