Para Editoria de PolíticaDistribuído em Jornalista; Flávia PrazeresOs deputados aprovaram a mensagem governamental que pede ao legislativo a autorização para que o Estado possa contratar empréstimos na ordem de US$ 10 milhões junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que servirão para o financiamento do Programa de Apoio aos Arranjos Locais no Paraná (PRO-APL). A matéria aprovada em primeira ainda passará por mais duas discussões e redação final.Atualmente, o Paraná conta com 22 APLs formais, fazendo parte desta aglomeração 2,6 mil empresas, o que resulta na geração de 40 mil empregos diretos. Deste montante 7 a 10 deverão receber parte destes recursos.O Programa também contará com investimentos da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), do Sebrae-PR e outros entes. O primeiro deverá repassar US$ 1 milhão, o segundo US$ 2,835 milhões e os demais US$ 2,835 milhões. Aliás, a participação da iniciativa privada neste tipo de empreendimento é pioneira no Brasil, pois pela primeira vez o BID aceita a composição da contrapartida com entes privados.O líder do PSDB na AL, Ademar Traiano afirmou ser importante a votação do projeto devido ao alcance social, mas questionou quanto à aplicação dos recursos e os critérios para a escolha dos arranjos produtivos. Em resposta, o líder do Governo na AL, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB) disse que na segunda votação, na qual é analisada o mérito, ele apresentará todos os detalhes utilizados para a escolha das APLs.Segundo justificativa dada pelo governo estadual, os investimentos em arranjos produtivos locais se faz necessário devido à porcentagem de pessoas empregadas nesses agrupamentos, que de acordo com dados levantados pela Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) corresponde a 35% do número total do setor industrial do Estado. Além disso, o governo pretende realizar um estudo preliminar capaz de identificar as ações prioritárias a serem apoiadas, em especial, aquelas que tratam da questão ambiental e inovação na área tecnológica, assim como a do incremento do desenvolvimento social. Parte do programa será desenvolvido pelo Sebrae e pela Fiep.Conforme o projeto, o cronograma de execução do programa será de quatro anos, com previsão de inicio para o primeiro semestre de 2008, sendo responsável pela coordenação a Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral (SEPL).