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Assembleia aprova projeto de lei que revoga concessão de título de Cidadão Honorário a José Dirceu

O projeto revogatório foi aprovado em primeiro turno e retorna ao Plenário para segunda votação nesta quarta-feira (18).

Os deputados aprovaram o projeto de lei que revoga o título de Cidadão Honorário do Paraná concedido ao ex-ministro José Dirceu, na sessão plenária realizada nesta terça-feira (17) na Assembleia Legislativa. A proposição de nº 618/2015, do deputado Felipe Francischini (SD), passou em primeiro turno com 23 votos favoráveis e 5 contrários, sendo registradas 6 abstenções. A matéria retorna ao Plenário nesta quarta-feira (18), em segunda discussão.

Segundo Francischini, José Dirceu, ex-chefe da Casa Civil do Governo Lula, que cumpre pena por participação no escândalo do “Mensalão” e também está sob investigação por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobrás, não se enquadra mais nos preceitos exigidos para a concessão da honraria. O projeto revoga a Lei estadual nº 14.038/2003, que concedeu o título de Cidadão Honorário. "Não é justo alguém com condenação por crimes contra a Administração Pública e corrupção ter uma honraria como esta," afirma Francischini. “A honraria é dada para quem tem reputação ilibada. E reputação ilibada é o que ele não tem”, acrescentou.

Resultado – Os deputados Luiz Claudio Romanelli (PMDB) e Tadeu Veneri (PT), que não concordam com o projeto e consideram a iniciativa inconstitucional, questionaram o resultado da votação em Plenário. Os dois parlamentares entendem que haveria necessidade de 28 votos para a aprovação da matéria. Porém, o presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB), esclareceu que a Constituição Federal, em seu artigo 47, estabelece que projeto de lei ordinária precisa de maioria simples para sua aprovação. Diz o seguinte o art. 47: “Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros”.

Romanelli e Veneri argumentaram que a proposta de Francischini é ilegal e inconstitucional, uma vez que quando da concessão o homenageado se enquadrava perfeitamente nos requisitos exigidos. Este título, argumentaram, não é transitório, mas permanente em função dos relevantes serviços prestados.

Veículos – Outra proposição, de nº 261/2015, também do deputado Felipe Francischini, foi aprovada nesta sessão em segundo turno.  Esse projeto obriga revendedores e concessionárias de veículos automotores a informarem diretamente os consumidores sobre procedimentos para o recall – medida para correção de vícios ou defeitos de um produto. O projeto prevê que os clientes deverão ser notificados pessoalmente por meio de carta ou ofício com aviso de recebimento. A notificação deverá ser expedida também ao órgão estadual de trânsito para fins de registro e notificação ao novo proprietário em caso de transferência do veículo.

Em segunda discussão passou também o projeto de nº 661/2015, do Poder Executivo, que tem a finalidade de promover a paridade no processo de composição do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher do Paraná (CEDM/PR) e dar mais clareza a sua estrutura administrativa. Através dessa proposição o Governo está alterando diversos dispositivos da Lei nº 17.504, de 11 de janeiro de 2013, que criou o órgão.

Sanção – Será enviado para sanção (ou veto) governamental o projeto de lei nº 205/2015, do deputado Requião Filho (PMDB), que passou em redação final. A proposta dispõe sobre a obrigatoriedade das concessionárias de automóveis sediadas no estado apresentarem ao consumidor o orçamento, nas revisões, conforme o especificado pelo fabricante no manual do veículo. Outra matéria aprovada em redação final foi o projeto de nº 545/2015, da deputada Claudia Pereira (PSC), concedendo ao município de Foz do Iguaçu o título de Capital do Turismo do Estado do Paraná. Ele também segue para sanção (ou veto) do Governo. Os demais projetos relacionados na pauta também foram aprovados.

 

 

 

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