Para: Editoria de Política e ColunasDistribuído em 27/05/05Jornalista: Carlos SouzaASSEMBLÉIA DEBATE CRISE NA AGROPECUÁRIA PARANAENSE Por proposição do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Hermas Brandão (PSDB), a Assembléia Legislativa promove na próxima segunda-feira (30), durante o pequeno expediente da sessão plenária, um debate sobre a crise no setor agropecuário paranaense. A explanação sobre os problemas enfrentados pelos produtores rurais será feita por representantes da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Paraná (Fetaep).“Estamos abrindo esse espaço para mostrar a situação e a gravidade dos produtores rurais atingidos pela estiagem no Paraná. Centenas de cidades decretaram estado de emergência em virtude da seca e de outras variáveis de mercado. Essa manifestação também serve para que as entidades peçam auxílio as autoridades estaduais e federais no sentido de encontrar uma solução para o problema”, explicou Hermas Brandão. Segundo o presidente da Faep, Ágide Meneguette, “o aumento de 20% no custo da produção agrícola, a quebra de safra em decorrência da estiagem, a redução no preço das commodities agrícolas e a valorização do real frente ao dólar acabou por criar um quadro de instabilidade e de endividamento muito grande entre os produtores”. “O Banco do Brasil tem conseguido alongar os recursos para o homem do campo, mas como os financiamentos oficiais são poucos, muitos agricultores se endividaram com os bancos privados”, acrescenta Meneguette. Hermas lembrou ainda que nos últimos dois meses, diversos deputados de diferentes regiões utilizaram a tribuna na Assembléia para ressaltar os problemas causados pela seca. “Muitos municípios não chegaram a decretar estado de emergência, mas também estão amargando prejuízos consideráveis com a estiagem”, ponderou Brandão. Para o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, “é preciso que sejam tomadas medidas complementares em apoio aos agricultores. As várias medidas tomadas pelo governo federal em apoio ao setor são insuficientes para resolver a situação do campo. Precisamos de um crédito emergencial para cooperativas e produtores que tiveram perdas econômicas e que não foram contemplados com recursos previstos pelas resoluções que determinam a renegociação das dívidas agrícolas”.