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Assembleia debate em audiência pública a situação dos moradores de rua

Audiência pública da Comissão de Direitos Humanos
Audiência pública da Comissão de Direitos Humanos Créditos: Nani Gois/Alep (crédito obrigatório)
As violações sofridas pela população de rua motivaram audiência pública no Plenarinho da Assembleia Legislativa na manhã desta segunda-feira (8). A reunião foi proposta pela Comissão de Direitos Humanos e Cidadania do Legislativo e contou com a presença de representantes de diversos órgãos do Poder Público e dos movimentos de moradores de rua. A partir do encontro, sugestões vão auxiliar no aprimoramento de uma política pública de amparo e atendimento destes que, segundo levantamento apresentado pela Fundação de Ação Social (FAS), já são cerca de 3.500 pessoas vivendo nestas condições em Curitiba.


“Um dos objetivos (da audiência) é dar visibilidade aos moradores de rua. Hoje trouxemos este debate, que foi produtivo. Uma das sugestões apresentadas aqui é de encaminharmos os moradores de rua para o atendimento dos serviços públicos das regionais e dos bairros, no caso de Curitiba. Estas pessoas precisam também de oportunidades de emprego para reconstrução de suas vidas. Tenho certeza que a audiência cumpriu o seu papel para a construção de uma política de cidadania”, afirmou o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania, deputado Tadeu Veneri (PT).
Entre os principais problemas vivenciados pela população de rua estão o consumo excessivo de álcool e a dependência química. Na opinião da presidente da FAS, Márcia Fruet, os gestores públicos, nas diferentes esferas, precisam se envolver com o tema, em especial para viabilizar condições para que muitos deixem as ruas e possam viver dignamente. “A droga e o álcool são os principais problemas que levam estas pessoas para a rua e as mantém nesta condição. Temos outros, mas estes são mais expressivos. É necessário que possamos entender o que estas pessoas vivem na rua, o seu histórico familiar, e de forma conjunta, buscarmos espaços de atendimento para elas, bem como as garantias dos seus direitos. O poder público precisa fazer a lição de casa, mas o envolvimento da sociedade é fundamental”, ressalta a secretária municipal.
Invisibilidade– Para o coordenador do Movimento da População em Situação de Rua, Leonildo Monteiro, a marginalização agrava a situação e dificulta muitas vezes o resgate e a reinserção social destas pessoas. Outro agravante é o afrontamento aos direitos individuais. “Somos invisíveis. A população de rua continua sendo humilhada nos espaços públicos. No Paraná são quase dez mil pessoas vivendo assim. Que possa sair daqui a sugestão da criação de um comitê de apoio, com corpo técnico que garanta o direito a um atendimento cidadão para os moradores de rua”, ponderou.

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