
Promovido pela Escola do Legislativo da Assembleia Legislativa do Paraná, em parceria com a Escola de Gestão do Paraná, o curso “Inteligência Artificial nos Instrumentos de Planejamento de Contratações” agradou os participantes. Durante dois dias, servidores públicos estaduais e municipais puderam adquirir conhecimento sobre o uso da IA na administração pública, esclarecer dúvidas e desenvolver atividades práticas de elaboração de Estudos Técnicos Preliminares (ETP) e de Termos de Referência (TR) com o apoio da IA, além de atividades de pesquisa de preços utilizando ferramentas inteligentes.
Para a gerente de Pesquisa e Inovação na Sanepar, Fernanda Armelinda Cardoso, o conteúdo apresentado ao longo dos dois dias de atividades pode trazer ganhos significativos para o setor de compras e aquisições. De acordo com ela, a aplicação das novas ferramentas pode agilizar pesquisas, dar mais transparência aos processos e oferecer uma visão mais ampla para a tomada de decisões. “Acredito que a IA possa trazer benefícios, como maior agilidade, lisura e uma visão geral mais clara para nossa área”, afirmou.
Hoje, segundo ela, uma das principais preocupações em relação ao uso da tecnologia é a proteção de informações confidenciais. “Há dados que não podem sair da empresa, e essa é uma questão que nos preocupa. O curso mostra que, utilizada de forma correta, a IA pode manter essa segurança”, explicou. Ela também adiantou que pretende compartilhar o aprendizado com os colegas. “No dia a dia, a gente se ajuda e compartilha conteúdos. Isso torna o processo muito mais ágil”, completou.
Já para o presidente da Comissão de Licitação no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), Edson Chaparro, o curso ajudou a mostrar como a tecnologia pode ser aplicada para aprimorar o processo de licitações. “Queremos utilizar a IA para revisar editais, termos de referência e estudos técnicos preliminares antes da publicação, garantindo maior segurança jurídica”, pontuou.
Ele comentou que hoje as empresas privadas já vêm utilizando inteligência artificial para identificar possíveis erros em documentos de licitações públicas, o que pode servir de base para recursos ou mandados de segurança. Por isso, explicou, a intenção é implementar a tecnologia nos órgãos públicos para detectar e corrigir falhas antes que os editais sejam lançados no mercado. “Queremos avançar na conferência e no aperfeiçoamento da documentação exigida por norma e legislação, aplicando testes prévios com o auxílio da IA, a fim de evitar inconsistências e aumentar a eficiência do processo licitatório”, afirmou.
O curso foi ministrado pelo auditor federal de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União (CGU), Sérgio Tadeu Neiva Carvalho. Ele é mestre em Administração Pública pela Fundação Getulio Vargas (FGV), especialista em Governança de TI pelo Instituto de Estudos e Formação Especializada (INEFE) e engenheiro de Redes de Comunicação pela Universidade de Brasília (UnB). Também possui certificação em Gerenciamento de Serviços de TI (ITIL-Exin) e em Segurança da Informação (ISO 27002).
CURSO - “INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO DE CONTRATAÇÕES” 08/08/2025
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