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Deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) cobra medidas efetivas contra as bets

Deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD).
Deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD). Créditos: Valdir Amaral/Alep

O deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSD) defendeu nesta segunda-feira, 14, uma cruzada da sociedade contra a máfia das bets (apostas online) e contra a roubalheira da jogatina no Brasil. "Eu li no relatório do Banco Central que o brasileiro está gastando R$ 30 bilhões por mês em apostas online, ou seja, é uma poupança popular que está indo para mão dessa máfia que domina o jogo no Brasil", disse o deputado que apontou casos de pessoas que são exploradas ainda por agiotas e também comprometem recursos da família nas apostas online.

"Ao mesmo tempo, esse dinheiro deixa de ser investido no consumo para que possa melhorar a vida das pessoas. Pior, gente que está indo em agiota para pegar dinheiro. Gente que na verdade pegou a poupança da família para fazer apostas, caso de uma moça que gastou R$ 1 milhão nas apostas e depois se matou. A pessoa que é viciada em jogo é como se fosse viciado em droga", exemplificou o deputado.

Romanelli reiterou que o dinheiro gasto em apostas vai para nas mãos da máfia que controla os jogos de apostas no país. "Mas veja, R$ 30 bilhões é quase 40% do orçamento inteiro do estado do Paraná para um ano, para educação, para saúde, para todas as outras áreas".

Regulação

O deputado cobrou uma medida mais efetiva do Congresso Nacional frente aos lobistas e a roubalheira que acontece no Brasil. "Temos que enfrentar e impedir essa jogatina. Cadê a regulação séria? Ou será que os lobistas do mercado de apostas já são maioria no Congresso?", questionou.

Romanelli citou ainda uma série de pesquisas que apontam, por exemplo, que 33,8% dos jovens deixam o ensino superior por gastos em apostas esportivas. O estudo que avalia como as apostas online interferem no acesso dos brasileiros à graduação é da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior. O levantamento mostra que 34,4% dos apostadores precisarão interromper seus gastos em apostas esportivas para entrar em um curso de nível superior no início de 2026.

"Há muitos casos em que as pessoas interrompem tratamento da saúde, não contribuem com o dízimo das igrejas, cortam os alimentos dos filhos e da família, tudo para apostar neste negócio nefasto e prejudicial, uma verdadeiro epidemia vivida por milhares de brasileiros que resultam em mortes e internações nos hospitais devido a deterioração da saúde mental das pessoas", avalia o deputado.

Impactos negativos

Outro dado usado por Romanelli é do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia que fez uma análise sobre os impactos negativos das plataformas de apostas online. O estudo identificou além das violações à legislação, danos a crianças, adolescentes e consumidores em situação de fragilidade econômica.

Uma das conclusões é que pelo menos 24 milhões de brasileiros apostaram em bets em 2024, e desses apostadores, quase metade está endividada.  Já a pesquisa do instituto AltasIntel desta semana identificou que a maioria da população brasileira quer que bilionários, bancos e casas de apostas online paguem mais impostos. Segundo levantamento, 58% dos entrevistados apoiam a chamada “taxação BBB”. "Nós, a sociedade e os agentes públicos, temos que tomar as medidas necessárias antes que a economia popular, a saúde pública e vários segmentos da população entrem em colapso", alertou o deputado.

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