E foi uma iniciativa do próprio presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) o convite à Celma Gomes para participar do horário do Grande Expediente, antes da sessão Plenária desta quarta-feira (25). Ela se pronunciou por alguns minutos utilizando a Língua Brasileira de Sinais (Libras), com verbalização feita pela intérprete de Libras, Lígia Klein, em comemoração ao Dia Nacional dos Surdos, celebrado em 26 de setembro. Para Celma, foi mais que uma aparição. Simbolizou visibilidade, já que os surdos têm muita dificuldade de inclusão social.
(sonora)
Celma Gomes faz parte da equipe de tradutores nas transmissões do parlamento pela TV Assembleia. Ela é formada em psicologia e tem experiência na área clínica e de psicanálise com crianças, jovens e adultos surdos; educação com ênfase em Libras e educação para surdos, atuando nos principais temas de dificuldade de comunicação entre Português e Libras.
Celma explicou, ao longo da explanação, que o 26 de setembro foi escolhido como Dia Nacional dos Surdos por coincidir com a instituição da Escola de Surdos do Brasil (INES), em 1857, por Dom Pedro II. O dia 30 de setembro é o dia mundial dos tradutores e intérpretes de línguas e no dia 24 de setembro se celebra o Dia Nacional de Libras.
Ela também explicou que a cor azul, usada no mês dos surdos, representa a segregação dos deficientes físicos na Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Hoje, a fita azul, usada no peito, significa a luta pela inclusão, pelo respeito e o direito à comunicação pela língua de sinais.
Celma cobrou políticas públicas de acessibilidade para escolas e hospitais. Na Assembleia Legislativa, a inclusão começou por meio das transmissões das sessões plenárias na linguagem dos sinais, que fazem parte do processo de modernização da TV Assembleia, que já transmite toda sua grade de programação e a geração de conteúdo em alta definição (HD) desde o mês de junho.