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Grande expediente antecipa audiência pública que vai debater humanização do comércio de animais

Delegado titular da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, Matheus Laiola, falou sobre o trabalho de combate aos maus tratos dos animais a convite do deputado Guerra.

O grande expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) desta segunda-feira (19) recebeu o delegado titular da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, Matheus Laiola, para falar sobre o trabalho de combate aos maus tratos dos animais. A participação do delegado antecipou a discussão de uma audiência pública que ocorre na Casa no dia 3 de setembro e debate o projeto de lei 185/2019, do deputado Luiz Fernando Guerra (PSL), proibindo o comércio físico ou digital de cães e gatos por pet shops, clínicas veterinárias e estabelecimentos comerciais similares. O projeto quer restringir esse tipo de comércio aos criadouros devidamente registrados junto aos órgãos ambientais e por eles fiscalizados.

De acordo com Guerra, autor do convite ao delegado, a discussão sobre maus tratos vem crescendo no Brasil. No mesmo sentido, a audiência vai debater meios de auxiliar no assunto. “É um tema importante, que vai contar com a participação de representantes de proprietários de clínicas e pet shops, entidades de classe, ONGs protetoras dos animais, entre outros. Queremos a participação de todos para construir um projeto que visa contribuir com a sociedade”, avaliou o parlamentar.

“Sou a favor do projeto. Quando restringimos o comércio, ganhamos um maior poder de fiscalização”, afirmou Laiola. O PL 185/2019 tem o objetivo de coibir a exploração dos animais sujeitos à procriação para atender demandas de mercado, bem como aumentar e facilitar a adoção responsável. A proposta, explicou o proponente, quer incentivar os bons tratos com os animais.

Prisões e apreensões – Durante sua fala no grande expediente, o delegado Matheus Laiola tratou também das atividades de proteção ambiental no Paraná. Entre alguns dados apresentados, estão os números de prisões e apreensões realizados pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente. Desde janeiro deste ano, 101 pessoas foram presas no Estado por crimes ambientais. O número representa um aumento de 2000% em relação ao mesmo período do ano passado. Apenas neste ano, a delegacia apreendeu mais de 500 animais, entre domésticos e silvestres. “O trabalho já rendeu muitos frutos, mas ainda temos muito que fazer. A demanda é intensa”, explicou Laiola.

Entre as funções da delegacia estão a investigação, prevenção e apuração das infrações contra o Meio Ambiente, incluindo fauna e flora. A principal atuação tem sido o combate de maus tratos dos animais. “Recebemos cerca de 30 denúncias por dia. Destas, cerca de 80% se referem a maus tratos”, disse o delegado. Ele destacou ainda importância da participação popular. “Precisamos da população para fazermos nosso trabalho investigativo”.

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