03/08/2005 17h47 | por Carlos Souza
Para: Editoria de Política e ColunasDistribuído em 03/08/05Jornalista: Carlos SouzaMEMBROS DA POLÍCIA CIVIL FAZEM BADERNA E PRESIDENTE DA ASSEMBLÉIA ENCERRA SESSÃO PLENÁRIA O não cumprimento da promessa do Governo do Estado, que ficou de enviar uma mensagem de reajuste salarial da Polícia Civil para a Assembléia Legislativa nesta quarta-feira (03), motivou um forte protesto de aproximadamente 200 policiais, que estavam reunidos nas galerias da Casa. Com a postura adotada por alguns policiais, que passaram a gritar ofensas aos parlamentares, o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Hermas Brandão (PSDB), decidiu encerrar a sessão plenária. “Sempre recebemos os representantes de todas as classes policiais, inclusive os civis, com a mais alta atenção e presteza. E, por isso, não podemos permitir que eles ajam com desrespeito a essa Casa de Leis”, afirmou Hermas Brandão. “Inclusive, todos os projetos que dizem respeito à classe policial sempre foram analisados com urgência e boa vontade política”, acrescentou o deputado. Segundo o líder do governo, deputado Dobrandino da Silva (PMDB), que teria prometido trazer a mensagem de reajuste para a Assembléia, “isso não foi possível porque o governador está em Brasília”. De acordo com o líder, a mensagem deverá ser enviada logo após a aprovação do reajuste salarial dos profissionais de ensino superior. “Estamos discutindo o reajuste de várias categorias, mas é preciso ter calma e aguardar os trâmites leis”, disse Dobrandino. Para o presidente do Sinclapol (Sindicato das Classes Policiais Civis), Paulo Roberto Martins, “houve um mal entendido por parte de alguns integrantes. A Polícia Civil achou que a mensagem estive na Assembléia e pressionou para que ela fosse votada. No entanto, não sabíamos que o governo não cumpriu com sua parte”, disse Martins. “Nós pedimos desculpa ao Legislativo e reiteramos que o caminho correto é o respeito e a dignidade a todos, assim como sempre ocorreu em nossas relações com os deputados”, ressaltou o presidente da Sinclapol, deixando em aberto um eventual possibilidade de greve. De acordo com a entidade, na pauta de reivindicações da Polícia Civil está a reestruturação do quadro de salários, em nível superior, dos policiais ativos, inativos e pensionistas, com um teto mínimo de R$ 1,5 mil. “O governo fez uma contra-proposta inferior e nós não aceitamos. Mas, vamos continuar discutindo o assunto”, garantiu Martins, lembrando que a medida deve atingir 5 mil policiais. Em média, cada policial recebe R$ 1,2 mil.