Segundo Rossoni, só no dia três de janeiro foram lançados mais de R$ 300 mil em despesas com hospedagem. A suspeita sobre os abusos nos gastos com o cartão foi levantada pelo deputado Ademar Traiano (PSDB), na última terça-feira.Rossoni disse que as informações constantes no site Gestão do dinheiro público são incompletas, o que motivou o envio a vários secretários, em 22 de maio de 2007, de um requerimento pedindo explicações detalhadas sobre a utilização do cartão corporativo. O retorno veio somente do chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro, que enviou como resposta uma cópia do decreto de criação do cartão corporativo. A resposta foi recebida pela oposição como um deboche. “Chegaram ao extremo da falta de respeito pelo trabalho dos deputados. Vamos enviar o dicionário Aurélio ao chefe da Casa Civil para que ele saiba o significado da palavra requerimento e preste as informações corretamente”, ironizou Rossoni.O deputado criticou a falta de transparência nas ações do governo, principalmente em relação ao site que foi criado para que a população tenha acesso às informações sobre os gastos públicos. “Se o governo quisesse ser transparente, a página da internet não suscitaria dúvidas. O site é uma verdadeira enrolação. Lá não explica como foi gasto todo esse dinheiro”, disse Rossoni“As informações do site são tão desencontradas que se acessar a página da secretaria do Trabalho e for buscar o que foi pago, só encontrará despesas com aluguel. A atividade da secretaria não se resume a isso. A secretaria deve ter funcionários, gera pagamentos. Que site é esse que não esclarece nada?”, questionou Rossoni.