
Os benefícios da formalização e as oportunidades de acesso ao crédito foram os temas centrais do último dia do seminário “A Arte é um Bom Negócio”, promovido pela Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa, em parceria com a Escola do Legislativo e o Sebrae. O encerramento do encontro, nesta sexta-feira (26), foi marcado pela troca de conhecimentos e informações fundamentais para os artesãos que pretendem sair da informalidade.
Na palestra de abertura, a analista de desenvolvimento da Fomento Paraná, Lorize Voloxki, apresentou um painel sobre o acesso ao microcrédito para trabalhadores informais, MEIs e microempresas. Ela destacou as vantagens de formalizar o empreendimento para ter acesso a linhas de crédito com taxas vantajosas.
“Trabalhamos sempre com a ideia do crédito orientado, trazendo alguns dos ‘segredos’ para se obter o crédito e o que é necessário saber e fazer antes de solicitá-lo. A Fomento Paraná tem hoje as melhores taxas do país, com oportunidades interessantes para trabalhadores informais, para o MEI e para a microempresa. E existem algumas vantagens para quem formaliza seu negócio, principalmente porque assim é possível acessar valores mais altos de crédito”, explica, destacando um dos principais produtos oferecidos pela Fomento.
“O programa Banco da Mulher Paranaense, que completou seis anos agora, é o nosso queridinho. É um programa muito legal, que oferece um desconto de sete pontos percentuais na taxa anual de juros, reduzindo de 20% para 13%. É um desconto bastante relevante que permite que ele pague com maior facilidade esses juros, que estão na casa dos 0,82% ao mês. E esse financiamento abrange não apenas empreendimentos exclusivamente femininos, beneficiando também aquele mulher que eventualmente tem uma parceria, uma sociedade com o marido ou um familiar”, complementa.
Iniciativa promove a formalização e oferece apoio e capacitação a artistas e artesãos
Na última apresentação do seminário, a coordenadora do Programa Curitiba Empreendedora da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, Letícia Justus, também falou sobre a importância da formalização para que artistas e artesãos tenham também a oportunidade de abrir novos espaços no mercado.
“Saindo da informalidade, ele é reconhecido como uma empresa. Ele vai ter o seu CNPJ, pode abrir conta jurídica em banco. Ele vai ter acesso a créditos porque quem é só pessoa física muitas vezes não consegue acessar esse crédito. Ele pode emitir nota fiscal porque as outras empresas não contratam quem não tem CNPJ, quem não consegue emitir uma nota fiscal. E ele vai ter também acesso aos benefícios previdenciários, salário-maternidade, auxílio-doença, aposentadoria. Então é um bom negócio você se formalizar porque a formalidade traz dignidade, abre muitas portas e oportunidades para eles”, ressalta.
Além disso, ela lembra que essa formalização e outras ações de apoio aos empreendedores podem ser facilmente obtidas.
“O micro empreendedor individual tem a seu dispor o Programa Curitiba Empreendedora, que tem dez espaços nas Ruas da Cidadania, onde a gente faz toda a formalização, dá o apoio, a capacitação e acesso a crédito para esses empreendedores, principalmente também da arte e da cultura. É super rápido, simples, trazendo os documentos a gente abre um MEI em 20 minutos”, destaca.
Após as palestras, o seminário foi encerrado por um mutirão para a formalização dos empreendedores, com a abertura de MEIs, e também para a emissão da Carteira Nacional do Artesão.
PALESTRA - “SEMANA DA ARTE DO PARANÁ”
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