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Plauto Miró Acompanha Projeto “vida Nova”, Desenvolvido Na Penitenciária de Ponta Grossa

Créditos: Adriana Ribeiro: 41 .3350.4314
O deputado Plauto Miró (DEM), 1º secretário da Assembleia Legislativa, visitou a Penitenciária Estadual de Ponta Grossa, para conhecer o trabalho que a empresa Kadesh Calçados de Segurança, que tem sede em Imbituva, desenvolve com os presos do local. Chamado de Vida Nova, o projeto já existe em Guarapuava, desde 2009, e chegou a Ponta Grossa, no dia 3 de março, com o objetivo de oferecer emprego aos detentos, preparando-os profissionalmente para o retorno à sociedade.
Para Plauto Miró, o projeto Vida Nova é um exemplo de uma ação de responsabilidade social. “Com certeza este projeto trará benefícios para Ponta Grossa, ao ajudar na ressocialização dos detentos que cumprem pena no município”, disse o parlamentar.
“Estou muito feliz de ver que vocês estão aprendendo uma profissão e saber que, quando saírem daqui, terão um emprego com registro em carteira, ocupando um espaço no mercado de trabalho”, falou o deputado aos presos que participam do programa. Plauto lembrou que, com certeza, todos eles estão sendo motivo de orgulho para seus familiares por estarem trabalhando dentro da Penitenciária, enquanto cumprem suas penas.  “Que vocês possam voltar para a vida em sociedade com muita dignidade”.
O projeto Vida Nova atende presos em três etapas, nos regimes fechado, semi-aberto e aberto. Reginaldo Júlio, um dos proprietários da Kadesh, explica que o objetivo é ensinar uma profissão e garantir uma renda aos detentos enquanto cumprem pena e, depois, ao receberem a liberdade, a contratação no mercado de trabalho.  “Nossa ideia é que essas pessoas tenham uma oportunidade digna e que ao saírem dos presídios possam ser contratadas pela Kadesh e por outras empresas dos municípios onde o programa existe”, explicou.
Empresa familiar, a Kadesh foi fundada em 2003 e hoje emprega 640 trabalhadores, apenas em Imbituva. Com o projeto Vida Nova, a empresa tem mais 129 detentos trabalhando na confecção de calçados que são vendidos em todo o país. Os presos recebem 75% do valor de um salário mínimo e têm descontado um dia da pena para cada três trabalhados. A carga horária é de sete horas e meia por dia, de segunda a sábado. Com o projeto, a Kadesh fornece o couro e os presos cortam, preparam e costuram os calçados. A finalização, de colocação do solado, é feito depois na fábrica, em Imbituva.
Atualmente, 25 detentos participam do projeto Vida Nova, em Ponta Grossa, produzindo mil pares de sapatos por dia. A expectativa é de que o trabalho seja estendido a 90 pessoas, com aumento da produção para 4,5 mil pares diariamente.
Oportunidade – A promotora da Vara de Execuções Penais de Ponta Grossa, Daniele Cavali Tuoto, que também participou da visita à Penitenciária Estadual de Ponta Grossa, elogiou a iniciativa da empresa Kadesh. “Projetos como o Vida Nova ajudam na empregabilidade e na redução da criminalidade”, disse. Segundo a promotora, quanto mais emprego se oferece aos presos dentro dos presídios, menor será o número de detentos nas cadeias do Estado.
O diretor da Penitenciária Estadual de Ponta Grossa no do regime fechado, Dirceu Luis Ennes de Oliveira, lembrou que o Vida Nova merece destaque por atender os detentos não só nos regimes fechado e semi-aberto, como também no aberto. “Ele é importante porque dá oportunidade para as pessoas que saem da prisão. Sabemos que a maior dificuldade de um preso é quando ele ganha a liberdade e não consegue emprego”.
O detento Paulo Roberto Ferreira, 28 anos, disse que ao participar do projeto Vida Nova está aprendendo uma profissão que irá ajudá-lo quando voltar às ruas. Condenado a oito anos de prisão, sendo que seis deles já foram cumpridos, Oliveira também considera importante a possibilidade de redução de pena. “Este trabalho vai me ajudar a mudar de vida”.
Participaram ainda da visita o diretor da Penitenciária Estadual de Ponta Grossa no regime semi-aberto, Luiz Francisco da Silveira; o representante da empresa Kadesh, Américo Piauí; o presidente da Câmara de Vereadores de Imbituva, Diogo Emanuel Almeida Rover; o presidente da Ordem dos Advogados (OAB) de Ponta Grossa, Luís Kubaski; o chefe de gabinete da 1ª Secretaria da Assembleia Legislativa do Paraná, Manoel Osório Taques; o pastor da Igreja Cristã Presbiteriana, Antônio Carlos Joslim; e a presidente do Conselho da Comunidade, Tânia Ajuz Issa.
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