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Assessoria de Imprensa da Alep

Por proposição do deputado estadual Tadeu Veneri (PT) a Assembléia Legislativa realizou uma audiência pública nesta terça-feira (10) para debater a questão da segurança nas agências do Correio que têm parceria com o Bradesco e prestam serviços do banco à população, pelo chamado “Banco Postal”. O crescimento do número de assaltos nas agências que não possuem portas giratórias com detector de metais, localizadas em sua maioria no interior do Estado, acendeu o debate sobre a fragilidade do sistema de segurança utilizado pelos Correios. A discussão entre os segmentos presentes à audiência contribuiu para aprimorar o projeto 856/07, que foi retirado da pauta a pedido do deputado Edson Praczyk em março passado, mas que poderá retornar a votação, levando em consideração os aspectos discutidos pelas partes durante esta manhã. De acordo com o diretor adjunto dos Correios do Paraná, Ariovaldo Figueiredo, a empresa tem efetuado melhoramentos quanto à segurança. “O correio tem feito àquilo que tem sido possível para todas as agências, mas é claro que há agências pequenas no interior do Estado onde não cabe uma porta giratória, porque constrange, é um obstáculo. Ela acaba sendo um elemento estranho na cidade que não tem histórico de assalto nem de roubo”, disse Figueiredo. Ele ainda explicou que em cada agência o procedimento comum com relação à segurança é a implantação do que chamou de um quite, que integra equipamentos como uma câmera de vigilância conectada à WEB que permite à Central dos Correios acompanhar a entrada e saída de pessoas nas agências, também citou o cofre de efeito retardado, que dificulta a ação rápida dos assaltantes e a presença de um segurança armado ou não. “Vamos graduando essas ações até chegarmos à porta giratória”, completou Figueiredo. Ele ainda disse que os Correios tem tido o cuidado de instalar suas agências o mais próximo possível de postos policiais. “Nós estamos preocupados com o tema”, afirma. Para o secretário geral do sindicato dos trabalhadores dos correios do Paraná – SINTCOM, Nilson Rodrigues, a empresa não está preocupada com a segurança dos trabalhadores e nem com a dos próprios clientes. “Na opinião do sindicato faltou a empresa trazer para o debate de hoje, informações referentes ao número de trabalhadores que já sofreram um assalto, que foram afetados por problemas psicológicos após os assaltos e quantos foram feridos”, cobrou Rodrigues. Segundo ele, apesar da falta de dados, a audiência teve como principal mérito levar informações suficientes aos deputados, para que votem a favor do projeto que torna obrigatória a instalação de portas giratórias em todas as 369 agências do Estado que operam "Banco Postal". De acordo com o autor do projeto, Tadeu Veneri, “nós entendemos que seria melhor consultar os Sindicatos, os trabalhadores, o Ministério Público e os Correios sobre a atuação situação da segurança, e averiguar se existe a possibilidade de pensarmos os melhoramentos nas agências dessas cidades de uma só vez ou em etapas. O que não podemos é postergar essas soluções”, disse. Segundo o parlamentar não há motivo para que as portas giratórias não sejam instaladas, e a lógica do lucro não pode se sobrepor à segurança das pessoas. “Se partirmos do princípio de que a desvalorização da vida é tão grande que R$ 7.000,00 para a instalação de uma porta dessas em cada agência é muito, então a situação do Iraque que está sempre em Guerra é melhor que a nossa”, lamenta.
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