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Bancada do PT cobra explicações do Governo sobre caos na educação

Bancada do PT cobra explicações do Governo sobre caos na educação
Bancada do PT cobra explicações do Governo sobre caos na educação Créditos: Dálie Felberg/Alep

Em discurso nesta quarta-feira (25) na Assembleia Legislativa, os deputados da bancada do Partido dos Trabalhadores cobraram providências do Governo do Estado quanto aos problemas na educação paranaense. Os parlamentares sugeriram que o secretário Renato Feder compareça no Legislativo estadual para dar explicações sobre a terceirização na contratação de funcionários de escola, sobre o ensino à distância para disciplinas dos cursos técnicos de ensino médio e sobre a pauta de reivindicações apresentada pelo sindicato que representa a categoria.

“Nós apresentamos um requerimento convocando o secretário de Educação para vir a esta Casa dar explicações sobre o caos na educação paranaense. Porém, nosso pedido foi rejeitado pela bancada governista. Então, já que ele não vem por convocação, solicito ao líder do Governo que o convide para que ele venha debater com os parlamentares a situação de gravidade que está atingindo nossas escolas”, disse o deputado Professor Lemos.

Líder da bancada, o deputado Tadeu Veneri chamou a atenção para o caso de uma empresa de Cianorte que contratou funcionários para trabalhar em uma escola e que fechou as portas antes mesmo de pagar os salários devidos aos trabalhadores.

“Eu gostaria de destacar a situação da empresa terceirizada de Cianorte que inclusive já fechou. Os trabalhadores contratados por essa terceirizada foram obrigados a ir até o Núcleo de Educação para reivindicar o pagamento do salário que se encontrava atrasado há três meses. Eu estive em Guaíra e a situação por lá não é diferente”, afirmou.

Veneri alertou que o projeto do secretário Renato Feder é reduzir em 40% o efetivo da educação paranaense. “Essa é mais uma história que não deu certo. Assim como não deu certo a escola militarizada, não deu certo a terceirização da contratação dos funcionários de escola, mas é um projeto do secretário Feder e daqueles que o apoiam, que, em última análise, é reduzir em 40% o efetivo da educação no estado. Não podemos deixar de registrar que o objetivo com as aulas remotas e com todo esse processo é reduzir o número de servidores na área de educação”.

Na mesma linha, a deputada Luciana Rafagnin disse que o governo deve uma resposta para a sociedade paranaense sobre o que está acontecendo na educação e que é preciso insistir na vinda do secretário ao Legislativo.

“Precisamos insistir na vinda do secretário de Educação a esta Casa porque nós não encontramos respostas para o que está acontecendo na educação paranaense. O que nós percebemos é um descaso total por parte do Governo e do Secretário Renato Feder. Nossas escolas estão sofrendo com a falta de funcionários que não foram substituídos após o processo de demissão dos PSS, o trabalho nessas instituições está prejudicado. Essa questão das empresas contratadas para a terceirização dos funcionários e que, inclusive, estão com salários atrasados é outra preocupação que nós temos. Não podemos concordar com o que está acontecendo. Não podemos ficar calados. A comunidade escolar também precisa de uma resposta do Governo”, argumentou.

Pauta de reivindicações

Dirigentes da APP-Sindicato entregaram a diversos deputados, um documento com o título: “A educação básica no Paraná pede socorro: é preciso encerrar o ciclo de retirada de direitos que começou em 2016”. O texto sintetiza as pautas centrais da categoria, além de apontar a origem dos recursos para valorizar a educação e quanto custa a implementação de cada item, além de apresentar dados financeiros que comprovam: há recursos para valorizar a escola pública e seus trabalhadores.

Os parlamentares petistas manifestaram apoio às reivindicações e elogiaram a iniciativa da APP-Sindicato.

“O documento elaborado pela APP-Sindicato contendo diversos pontos da pauta de reivindicação da educação do Paraná confirma que o Governo pode atender as reivindicações imediatamente, basta querer. A nossa luta contra estes absurdos que prejudicam a educação pública continua. Precisamos revogar a maldita lei que extinguiu o cargo de funcionários de escola. O Governo precisa contratar funcionários diretamente, sem terceirizar. E por fim, precisamos que os estudantes tenham professores em sala e não televisões. O Governo passou de todos os limites. A terceirização da educação não funciona. É um fracasso!”, concluiu o deputado Professor Lemos.

De acordo com a APP-Sindicato, com os recursos de que já dispõe, o Governo tem condições de atender imediatamente sete reivindicações dos educadores. Algumas das pautas representam economia para os cofres públicos.

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