“Não somos ingênuos, não somos aprendizes de política e sabíamos, com toda certeza, que vozes discordantes apareceriam. Uma delas, acho até que surgiu de maneira desnecessária, foi a manifestação do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes do PMDB”. A declaração é do deputado Waldyr Pugliesi, presidente estadual e líder do PMDB na Assembleia Legislativa, reagindo nesta segunda-feira (16) a manifestação do ministro Reinhold Stephanes, do PMDB, em apoiar a candidatura de outro partido. Pugliesi lembrou que no início de março a Executiva Estadual decidiu que o PMDB terá candidato próprio ao Governo do Estado em 2010. Na ocasião ficou definida a pré-indicação, para a sucessão do governador Roberto Requião, do vice-governador Orlando Pessuti. “Então, o partido sinaliza a caminhada numa direção. Aí vozes se levantam dentro ou fora do partido, fazendo no meu entendimento, equivocadas análises em relação àquilo que vai acontecer no ano que vem”, disse. “Temos um pré-candidato conhecido pelo Paraná. O Pessuti conhece todos os 399 municípios deste Estado. Ele tem uma grande vivência intra partidária e fora do partido”, reforçou. Pugliesi recordou que na Executiva ficou sinalizado que o partido estaria aberto para manifestações de outros partidos. “Se nós temos candidato ao Governo do Estado, naturalmente que estamos conversando no sentido de recebermos apoiamento de outras siglas partidárias”, informou. REFORMA PARTIDÁRIA – O presidente do PMDB do Paraná defendeu a reforma partidária de forma a garantir que cada partido tenha respeitado o seu estatuto e a sua linha ideológica. “Os partidos do jeito que estão são postiços, epidérmicos, são irreais”, completou. Para Pugliesi este processo tem que garantir essencialmente a fidelidade partidária para evitar que os políticos se aproveitem das siglas apenas em período eleitoral.