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Duas pesquisas desenvolvidas no programa de mestrado em Ciências Veterinárias da Universidade Federal do Paraná foram apresentadas aos deputados na sessão desta segunda-feira (25). Os estudos apontam dados importantes para orientar a elaboração de políticas públicas voltadas para a proteção de animais de rua e também para a saúde pública. A iniciativa foi do deputado Rasca Rodrigues (PV).
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O trabalho sobre cães comunitários foi desenvolvido e apresentado pela médica veterinária e mestre em Ciências Veterinárias Caroline Constantino. Cães comunitários são animais de circulação semirrestrita ou totalmente livre e que dependem de uma ou mais famílias ou indivíduos para alimentação ou abrigo. Geralmente, se instalam em vias públicas ou locais públicos. O modelo está previsto em lei desde 2012 no Paraná e, segundo Caroline, é hoje a melhor opção.
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Em Curitiba, a pesquisadora identificou 51 cães comunitários em 13 terminais urbanos e em dois parques públicos. Os animais foram identificados com coleiras e chips, vacinados e castrados. O monitoramento entre março de 2013 e dezembro de 2015 revelou que todos estavam em boas condições sanitárias e ofereciam baixo risco de contaminação dos humanos.
A outra pesquisa é da médica veterinária e mestre em Ciências Veterinárias Graziela Ribeiro da Cunha e trata da acumulação de animais e objetos. De setembro de 2013 a abril de 2015 foram identificados 113 casos de acumuladores em Curitiba, envolvendo 1.114 animais. A pesquisadora constatou que a prática gera graves consequências para a saúde e bem estar da população e que a maioria dos animais encontrava-se em condições não adequadas. Esta é a primeira avaliação científica desenvolvida no Brasil sobre o tema e revelou a necessidade de uma abordagem adequada dos casos como ressalta Graziela.
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A acumulação de animais e objetos é considerada um transtorno mental e se caracteriza pela dificuldade de se desfazer de posses, resultando no acúmulo de itens e, consequentemente, em riscos a saúde e bem estar.
Da Assembleia Legislativa do Paraná, repórter Kharina Guimarães.