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Presença permanente de odontólogos em hospitais motiva audiência na Assembleia Legislativa

A presença de odontólogos na rede hospitalar pública e privada do Paraná motivou uma discussão no Plenarinho da Assembleia Legislativa na manhã desta segunda-feira (20). O projeto de lei nº 46/2013, de autoria da deputada Lucina Rafagnin (PT), em tramitação no Legislativo, pretende alterar o texto de legislação já existente (Lei nº 16.786/2011), que determina apenas a atuação dos profissionais nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). A proposta, portanto, deve ampliar atendimento aos paranaenses nos hospitais de forma geral e integrada. A reunião foi promovida pela Comissão de Saúde Pública da Casa e contou com a presença de representantes do Conselho Regional de Odontologia (CRO), além de outras instituições e entidades, e de representantes do Poder Público estadual e municipal, além do deputado Tercílio Turini (MD) e do deputado federal Osmar Serraglio (PMDB).

“A presença dos profissionais em UTI já vem dando resultado. Existem dois hospitais que contam com odontólogos, como é o caso do Hospital Regional de Francisco Beltrão e o Hospital do Trabalhador, em Curitiba, e que ajudam a combater a fragilidade nesta área, evitando infecções e outros problemas pela vulnerabilidade do paciente. Esta audiência é para isso, para debatermos este assunto com os profissionais”, disse Luciana Rafagnin.

Para o presidente da Comissão de Saúde, deputado Dr. Batista (MD), o tema é de extrema relevância. Ele, que também é medico, ressaltou que muitos casos de infecção podem ser evitados se houver a intervenção preventiva do profissional de odontologia no hospital. “Quando se fala em tratamento multidisciplinar é importante pensarmos no cirurgião dentista. A pessoa pode ter uma infecção a partir de um dente. Já vi isso acontecer. Infecção grave por sinal. E isso vai refletir no seu estado de saúde. Portanto, a presença deste profissional no hospital é fundamental, auxiliando inclusive na diminuição do tempo de internamento do paciente. Queremos que a lei seja cumprida e que possa ser estendida a partir de agora”, analisou o parlamentar.

Durante a reunião, os profissionais que coordenam a equipe de odontólogos nos Hospitais do Trabalhador e no Hospital Regional do Sudoeste relataram suas experiências, defendendo a necessidade de se pensar numa lógica de capacitação dos profissionais para a realidade dos hospitais. Na avaliação do presidente do CRO, Roberto Eluard da Veiga Cavali, a presença de um odontólogo como integrante do corpo clínico hospitalar já deveria acontecer. “O dentista é o médico da boca. Nem deveríamos estar aqui discutindo a presença em hospitais ou buscando por lei a regulamentação disso. Isso já nos parece tão óbvio, de profissionais constarem no corpo clínico. Como existe o setor de cardiologia, de nefrologia no hospital, deveria haver também o de odontologia. Não termos odontólogos nos hospitais é um absurdo. Temos que mostrar isso à sociedade, porque quem ganha com a presença destes profissionais é a sociedade. A boca não é parte separada do corpo”, ponderou.

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