“É um bom candidato. No Paraná nós vamos ter uma das grandes vitórias do Brasil”. Foi o que afirmou ontem o deputado Valdir Rossoni, presidente estadual do PSDB, sobre a decisão da cúpula tucana em apontar o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como candidato do partido à sucessão de Lula.Para Rossoni, tanto Alckmin quando Serra reúnem as condições ideais para envergar a candidatura tucana. “O problema é que se fosse a definição pelo Serra, a próxima pergunta que teríamos que responder seria quando ele renunciaria à Prefeitura de São Paulo”, disse o dirigente tucano.De acordo com ele, Alckmin representa uma candidatura natural, uma campanha mais fácil. “Nós temos pesquisas aqui no Paraná que indicam uma vantagem de 17% para ele já no primeiro turno, antes dele ser candidato”, cita Rossoni.A conseqüência natural agora é que o partido se defina mais rapidamente no Paraná. Na próxima terça-feira, Rossoni vai a Brasília para uma conversa com os tucanos paranaenses. O presidente estadual tucano está aguardando a definição dos irmãos Dias (Álvaro e Osmar), para saber quem vai enfrentar Roberto Requião.AliançasEsta é a mesma opinião do líder da bancada tucana na Assembléia, deputado Ademar Traiano. Além de acelerar uma decisão no Paraná, avalia o deputado, a escolha de Alckmin também abre um canal de conversação dos pequenos partidos com o PSDB, em função da cláusula de barreira e da verticalização.Traiano disse que o prefeito José Serra teria reunia boas condições para disputar a sucessão de Lula em função do seu bom desempenho na eleição passada. “Com certeza, ele (Serra) já sairia com uns 30% nas pesquisas, mas o Alckmin também tem fatores positivos, sendo um candidato bastante simpático à mídia”, opinou Traiano.