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Reflexos da Operação Carne Fraca são discutidos na Assembleia Legislativa

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Os reflexos da Operação Carne Fraca no setor agropecuário paranaense foram discutidos durante audiência pública realizada nesta terça-feira (11) na Assembleia Legislativa do Paraná. Além das restrições do mercado internacional ao produto brasileiro, o fechamento de unidades frigoríficas no estado e as demissões já registradas também foram apresentadas como preocupações dos deputados estaduais, representantes do setor produtivo e dos órgãos de fiscalização.  

Segundo o deputado Marcio Pauliki (PDT), presidente da Comissão de Indústria, Comércio, Emprego e Renda da Assembleia Legislativa, as suspeitas sobre a qualidade da carne brasileira afetou negativamente a cadeia produtiva do Paraná. Por isso, Pauliki cobrou agilidade na conclusão das investigações para separar a corrupção da produção.

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A Operação Carne Fraca foi realizada depois de dois anos de investigação para desarticular esquema de facilitação a produção de alimentos por meio da emissão de certificados sanitários sem a devida fiscalização. Segundo a procuradora-chefe do Ministério Público Federal no Paraná, Paula Cristina Conti Thá, o foco da operação sempre foi o combate aos crimes contra a administração pública e não a qualidade da carne. O trabalho ainda está em fase de inquérito policial, que deve ser concluído até o fim do mês. A procuradora-chefe ressaltou ainda a importância de levar à população toda a informação necessária para evitar confusões.

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Foco das investigações, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento determinou alterações em processos internos, como o rodízio de fiscais e empresas. Segundo o superintendente substituto do Ministério da Agricultura no Paraná, Alexandre Bastos, a instituição tem agido com total transparência no enfrentando do problema, sempre com o objetivo de preservar a cadeia produtiva da carne.

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Somente o Paraná tem 184 mil propriedades cadastradas dedicadas à produção animal. Na área industrial são 772 unidades de beneficiamento de proteína animal. Desse total, apenas 18 foram diretamente atingidas pela Operação Carne Fraca. A carne produzida no Paraná abastece 150 países. Diante de um mercado tão representativo na economia do estado, o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, reforçou que as investigações da Polícia Federal não tem relação com a qualidade da carne produzida no Paraná e que, mesmo com a retomada nas exportações para alguns países, o Brasil ainda terá que lidar com questões de imagem.

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O presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos e do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados do Paraná, Péricles Salazar, afirmou que a carne brasileira não oferece nenhum risco ao consumidor e que as unidades interditadas precisam ser reabertas para minimizar os danos ao mercado.

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A audiência pública foi promovida em conjunto pelas Comissões de Indústria Comércio, Emprego e Renda e de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Assembleia Legislativa do Paraná e ainda pela Frente Parlamentar do Transporte Rodoviário de Cargas e pelo Bloco da Agricultura Familiar.

Da Assembleia Legislativa do Paraná, repórter Kharina Guimarães. 

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