O Paraná pode enfrentar desemprego em massa e um forte abalo na economia se não tomar uma atitude para amenizar a crise que atinge o setor têxtil. O tema foi levantado ontem na Assembléia pelo líder do PSDB, deputado Ademar Traiano (PSDB).“É preciso criar uma política de incentivo para este setor para que possamos manter os empregos no Paraná”. A este respeito, o deputado apresentou ontem um projeto propondo tratamento tributário diferenciado para a indústria têxtil. O objetivo é permitir que a possibilidade de recolher ICMS equivalente a 2% sobre o faturamento realizado no mês de referência. Para prevenir vícios, a proposta veda a utilização sistemática de apuração veda o aproveitamento de qualquer crédito ICMS.“Este problema não é exclusivo da indústria de confecção. O Brasil está vivendo uma crise sem precedentes, no setor calçadista, madeireiro, por conta da queda do dólar”, comentou. Traiano citou entrevista do ex-governador do Rio Grande do Sul Antônio Brito, dizendo que se o Brasil não tomar uma providência imediata, vamos correr o risco de ficar aqui com os pavilhões industriais vazios, porque as empresas vão usar mão-de-obra da China ou nos países europeus.“Precisamos fazer o dever de casa e proteger aqueles que geram emprego e riquezas no Paraná. O segmento têxtil, mais especificamente a área de confecção, gera neste Estado mais de 50 mil empregos diretos. E não há nenhuma política de proteção”, reclamou Traiano, justificando a criação do seu projeto.O líder da bancada tucana disse que o tratamento tributário diferenciado, a idéia é criar um mecanismo de proteção à nossa indústria para que possa enfrentar este momento difícil, traduzido pelo derrame de produtos de outros países, “o que enfraquece e sepulta a indústria paranaense e provoca um desemprego brutal”, disse o deputado. “Apelo pela sensibilidade do governador Requião, já que é intransigente na manutenção do emprego neste Estado”, disse Traiano.Liderança da OposiçãoMiguel ÂngeloFone: 3350-4193