Ex-deputado Arnaldo Busato é homenageado na Assembleia Legislativa Sala anexa ao Plenário recebeu o nome do político falecido em 1980, aos 45 anos, quando já era uma das principais lideranças do Paraná.

21/06/2016 16h27 | por Sandra C. Pacheco e Kharina Guimarães
Inauguração da sala de reuniões anexa ao plenário "Sala Deputado Arnaldo Busato".

Inauguração da sala de reuniões anexa ao plenário "Sala Deputado Arnaldo Busato".Créditos: Pedro de Oliveira/Alep

Inauguração da sala de reuniões anexa ao plenário "Sala Deputado Arnaldo Busato".


Por iniciativa da Mesa Executiva e do deputado Claudio Palozi (PSC) a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) prestou homenagem ao ex-deputado Arnaldo Busato, batizando com seu nome a sala de reuniões anexa ao Plenário, onde são realizadas reuniões de comissões técnicas e recepcionadas autoridades que visitam o Poder Legislativo estadual.

O descerramento da placa com o nome da “Sala Deputado Arnaldo Busato” aconteceu na sessão plenária desta terça-feira (21), com a presença de familiares e do ex-deputado estadual Duílio Genari. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano (PSDB), ressaltou a carreira de sucesso e a conduta ética de Busato como homem público. “Nada melhor do que dar a essa sala o nome de um extraordinário e brilhante parlamentar, que no passado muito orgulhou os paranaenses. Ele deixou um legado histórico de homem de bem. Morreu muito novo, mas deixou para o Paraná uma lição de vida em todas as suas atuações como homem público de caráter e pai de família. Nada melhor do que fazer uma homenagem dessa natureza a esse homem”.

O deputado Palozi também lembrou e destacou a importância do trabalho de Arnaldo Busato para o estado. “Ele escreveu com ações importantes uma bela história, que ajudou muito no desenvolvimento do Paraná”.

Para a família, a homenagem é um reconhecimento à dedicação de Busato ao povo paranaense. “Ele foi um homem espetacular, que só pensava no povo, em ajudar as pessoas mais humildes. Ensinou muito e deixou um exemplo de honradez, de dignidade, de trabalho e de ética. Escolher o nome do Arnaldo para a sala mostra que o legado não foi em vão, porque ainda estão lembrando o trabalho do meu marido. Então agradeço muito”, disse, muito emocionada, a viúva Rosi de Oliveira Busato.

Entre os filhos, o sentimento é de orgulho pelo legado deixado pelo pai e de muita responsabilidade para manter todos os ensinamentos que aprenderam em casa. “Essa homenagem representa muito para a nossa família, porque meu pai foi deputado estadual duas vezes, trabalhou nessa Casa de Leis em um período importante do estado. Reflete também, por parte dos deputados, um gesto muito bonito, porque a gente só reconhece as pessoas que a gente admira e só admiramos aquelas pessoas cujos valores são os nossos também. Então é bom saber que um deputado se identifica com esses valores”, observou Arnaldo Faivro Busato Filho.

 

Histórico – Arnaldo Faivro Busato foi uma das mais importantes lideranças políticas do Paraná nas décadas de 1960 e 1970. Chegou a ter seu nome várias vezes cogitado para a disputa do governo estadual, em função das excelentes gestões que realizou à frente da Secretaria de Estado da Saúde nos governos de Paulo Pimentel e de Jaime Canet Júnior, e de um carisma incomum, que o transformou num verdadeiro campeão de votos.

Nascido em Jaú (SP), formou-se em Medicina pela Universidade Federal do Paraná em 1957, estabelecendo-se em seguida no município de Clevelândia, no Oeste do Estado, onde foi professor no Colégio São Luís e na Escola Normal Madre Maria dos Apóstolos e exerceu a medicina, tornando-se diretor-clínico do Hospital e Maternidade São Sebastião e médico-chefe da Universidade Sanitária. Indicado sucessor político do sogro, Cândido Machado de Oliveira, líder regional do antigo Partido Democrata Cristão, elegeu-se deputado estadual com a quinta maior votação da eleição de 1962.

Na Assembleia Legislativa presidiu e integrou várias comissões técnicas. Com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2, de 27 de outubro de 1965, e posterior implantação do bipartidarismo, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena), pela qual se reelegeu para a Assembleia com a maior votação daquele ano. Licenciou-se em 1968 para assumir a Secretaria de Estado da Saúde e, no ano seguinte, respondeu pela Secretaria do Trabalho e Assistência Social.

Em 1970 foi o deputado paranaense mais votado para a Câmara Federal, com 42 mil votos. Era o candidato mais cotado para a disputa ao Senado mas, por motivo de saúde, abdicou da indicação. Na Câmara também integrou e presidiu comissões técnicas, entre elas a Comissão Especial de Reforma da Constituição. Em 1974 voltou a ser cogitado para voos mais ambiciosos, desta feita para o Governo do Estado. Mais uma vez a saúde fragilizada o levou a recusar o convite dos correligionários. Reelegeu-se deputado federal. Licenciou-se para ocupar, de 1975 a 1978, a Secretaria de Estado da Saúde, onde realizou importantes campanhas imunizatórias e ações de grande repercussão na área.

Em 1978 seu nome foi novamente lembrado para a disputa majoritária, mas a saúde – sempre a saúde – o fez optar pela disputa à Câmara Federal. Mais uma vez mostrou-se um campeão de votos, obtendo 118 mil. Em 1979, com a saúde já bastante abalada, ainda ajudou a criar o Partido Democrático Social (PDS). Depois de uma das mais brilhantes carreiras políticas do Estado, perdeu a luta de mais de oito anos contra o câncer e morreu em Curitiba no dia 1º de março de 1980, com apenas 45 anos.



Ouça o Podcast relacionado





Agenda

TRAMITAÇÃO DE PROJETOS

LEIS ESTADUAIS

PROJETOS PARA JOVENS

  • Visita Guiada
  • Geração Atitude
  • Parlamento Universitário
  • Escola do Legislativo
Assembleia Legislativa do Estado do Paraná © 2019 | Desenvolvido pela Diretoria de Comunicação