João Elísio – Um político com perfil técnico que assumiu o governo do Paraná Deputado estadual de 1979 a 1982, o parnanguara João Elísio Ferraz de Campos foi vice-governador no Governo José Richa, a partir de 1983.

29/11/2018 10h02 | por Sandra C. Pacheco
Ex-governador João Elísio Ferraz de Campos.

Ex-governador João Elísio Ferraz de Campos.Créditos: Foto: Pedro de Oliveira / Pintura de Vilmar Lopes

Ex-governador João Elísio Ferraz de Campos.

João Elísio Ferraz de Campos nasceu em Paranaguá, em 23 de dezembro de 1942, filho de João Ferraz de Campos e Edy Ferraz de Campos. Fez seus estudos primários e secundários em sua cidade natal; no Colégio São Bento, no Rio de Janeiro; no Ginásio Paranaense; no Colégio Bom Jesus; no Colégio Estadual do Paraná e no Colégio Iguaçu. Em 1962, ainda antes de completar 20 anos, começou a trabalhar no mercado de seguros, como diretor acionista da Corretores de Seguros do Paraná (Cosepa).

Formou-se em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná em 1966 e, no mesmo ano, assumiu os cargos de diretor da União do Comércio e Indústria de Seguros Gerais, em Joinville (SC), da Nova América Companhia de Seguros Gerais, com sede no Rio de Janeiro, além de ter sido procurador da Companhia Comercial de Seguros Gerais, empresa ligada ao Banco Comercial do Paraná. Com a incorporação da União e da Nova América à Companhia Comercial de Seguros Gerais, tornou-se diretor desta última.

Seguros – Na mesma época começou a envolver-se de forma mais direta com as entidades representativas de seu segmento profissional: foi secretário do Sindicato de Empresas de Seguros Privados e de Capitalização do Paraná, presidiu o Clube das Seguradoras do Paraná e, paralelamente, passou a participar ativamente nas iniciativas da Igreja Católica paranaense. O contato com a vida política teve início em 1973, quando o então governador Emílio Gomes (1971-1975) o convidou para assumir o cargo de superintendente da Fundação Educacional do Paraná. Em março de 1975, com a posse de Jayme Canet Júnior no Palácio Iguaçu (1975-1979), deixou a Fundação para assumir a Secretaria de Estado da Administração.

Nesse mesmo ano, quando a Companhia Comercial de Seguros passou a integrar a Bamerindus Companhia de Seguros, assumiu a direção da seguradora, iniciando uma longa carreira no grupo Bamerindus. Em meados de 1978 renunciou ao cargo no primeiro escalão do governo Canet para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa do Paraná pela Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Eleito com expressiva votação, iniciou o mandato em março de 1979. Com o fim do bipartidarismo e a reorganização partidária, filiou-se ao Partido Popular (PP). Em fevereiro de 1982 a legenda fundiu-se com o PMDB, já com vistas à primeira eleição de governador desde a instalação do regime militar no país.

Vice-governador – Indicado por Canet, foi escolhido pelo partido para compor sua chapa majoritária, encabeçada pelo senador José Richa. Afastou-se das funções na seguradora para dedicar-se integralmente à campanha, que saiu vitoriosa, derrotando a chapa do PDS, que tinha o ex-prefeito de Curitiba, Saul Raiz, como candidato. Encerrou o mandato legislativo em fevereiro de 1983 e em março tomou posse como vice-governador do Paraná. Acumulou o cargo com a presidência do Banco de Desenvolvimento do Paraná (BADEP), no período de 1983/1984, e o de secretário de Finanças, de 1984 a 1986.

Com o afastamento de Richa para disputar o Senado em 1986, assumiu o comando do Palácio Iguaçu em maio de 1986, permanecendo no cargo até março de 1987, quando cedeu o posto ao governador eleito, Álvaro Dias.

Nesse mesmo ano ingressou no Conselho de Administração da Paraná Companhia de Seguros, que viria a presidir em 1996. Assumiu também a presidência da Bamerindus Companhia de Seguros, que exerceu até 1990, quando tornou-se presidente do Conselho de Administração da companhia até 1997. Ainda em 1990, passou a atuar como representante da Bamerindus Companhia de Seguros no Conselho de Administração do banco, também até 1997. Presidiu a Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg).

Esfera federal – Em abril de 1996 foi indicado pelo ministro demissionário José Eduardo de Andrade Vieira para sucedê-lo no Ministério da Agricultura. Mas foi barrado pelo PTB, partido de José Eduardo, que apontou pouca afinidade do indicado com o setor agrícola. O Ministério acabou sendo ocupado pelo mineiro Arlindo Porto (PTB). Com a intervenção e subsequente venda do Bamerindus ao HSBC, afastou-se da administração da instituição, bem como da política partidária, dedicando-se às atividades empresariais no ramo de seguros, onde sempre gozou de grande prestígio, e a órgãos de representação da classe.

Em março de 2006 foi nomeado pelo então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), organismo de caráter consultivo da Presidência da República, com o objetivo de cooperar na formulação de políticas do governo federal. No ano seguinte foi eleito para novo mandato na Fenaseg, durante período em que se deram importantes transformações no mercado de resseguros.

Em agosto de 2008 elegeu-se presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Complementar e Capitalização (NSeg), entidade criada para defender os interesses dessas atividades em âmbito nacional, além de coordenar o planejamento estratégico e as ações políticas do setor. Em 2009 foi reconduzido por Lula para novo mandato de dois anos no CDES. Nesse período exerceu várias atividades na área de seguros, entre elas a de conselheiro da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamentos e Investimentos (ACREFI).

No início de sua carreira empresarial, João Elísio foi proprietário, em sociedade com o ex-senador, ex-ministro e ex-deputado federal Affonso Alves de Camargo Netto, de duas emissoras de rádio na capital paranaense, a Caiobá e a Ouro Verde.

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