A decisão foi tomada na sexta-feira (28 de outubro) em Guaíra, ao final da manifestação que interditou o tráfego na ponte Ayrton Senna. A responsabilidade sobre as rodovias, é o centro de uma discussão jurídica entre o Governo do Estado e a União, impedindo a realização de investimentos.Prazo VencidoNo dia 27 de setembro, prefeitos, vereadores, dirigentes sindicais e empresariais da região interditaram a BR-163 em Guaíra, em protesto pela falta de conservação da rodovia, que está com seu piso asfáltico literalmente esfarelando. Na oportunidade, a comissão que organizou a manifestação estabeleceu o prazo de trinta dias para que os contatos políticos em Curitiba e Brasília surtissem efeito, o que acabou não acontecendo. Agora, diante da falta de perspectiva para uma solução administrativa, o movimento pela recuperação das rodovias decidiu levar a questão à Justiça.Caminho JurídicoWelter, que participou do fechamento da ponte em Guaíra, defendeu a tese do caminho jurídico entendendo que esta é a forma que vai forçar o entendimento político entre o Estado e a União, viabilizando a realização de investimentos de emergência enquanto não se define a questão do domínio sobre as BR 163, ligando Guaíra a Marechal Cândido Rondon, e a 272, que liga Guaíra a Francisco Alves.Segundo o prefeito de Guaíra, Fabian Vendrúscolo, até na sexta-feira deverá ser apresentada uma denúncia ao Ministério Público, ensejando uma Ação Civil Pública na Justiça Federal, a exemplo do que aconteceu com a ponte sobre o Rio Piquri, na BR-272, que apresenta riscos devido ao tráfego devido à falta de manutenção, onde a Justiça Federal determinou a interdição e a imediata recuperação da ponte.Ação PolíticaUma comissão eleita, composta pelos prefeitos e presidentes das Câmaras Municipais de Guaíra, Marechal Cândido Rondon, Mercedes e Terra Roxa, também decidiu que paralelamente será dada continuidade a ação política na tentativa de buscar um entendimento que viabilize o fim do impasse. Com isso, coube ao deputado Welter, além de apoiar tecnicamente a ação judicial, agendar ainda para o mês de novembro audiências com o governador Roberto Requião e em Brasília com o Ministro dos Transportes.“Hoje não está claro de quem é a responsabilidade pelas rodovias, mas para nós não há dúvida: juntamente com as lideranças tomamos a decisão de ficar ao lado da região e dos usuários dessas estradas, que não têm culpa da burocracia ou da falta de entendimento político entre as autoridades. Entre o Estado e a União nós ficamos com o povo e cobramos firmemente a solução”, diz Welter.