Acidentes de trânsito mataram 43 mil pessoas no Brasil em 2014 Números foram apresentados na Alep por representantes do Movimento Maio Amarelo. Três mil mortes foram registradas no Paraná, no mesmo período.

30/05/2016 17h35 | por Kharina Guimarães
Vice-presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária, Mauro Gil Meger.

Vice-presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária, Mauro Gil Meger.Créditos: Pedro de Oliveira/Alep

Vice-presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária, Mauro Gil Meger.


Os acidentes de trânsito mataram 43 mil pessoas no Brasil somente no ano de 2014. Desse total, três mil mortes foram registradas no Paraná. Os dados colocam o país na quarta posição do ranking de mortes no trânsito registradas no mundo. Esses e outros dados foram apresentados na Assembleia Legislativa do Paraná nesta segunda-feira (30), como uma das ações do Movimento Maio Amarelo, lançado para chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo.

A iniciativa de trazer o assunto ao Plenário foi do deputado Hussein Bakri (PSD), autor do projeto de lei que transformou a campanha em política pública no Estado do Paraná. Um dos oradores durante a sessão plenária foi o vice-presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária, Mauro Gil Meger, que ressaltou o impacto do trânsito em outras áreas da sociedade e a importância de se falar sobre o tema. “É importante que a Assembleia e seus deputados conheçam a realidade do trânsito e de como ele tem impacto em assuntos importantes e que fazem parte das tomadas de decisão no Parlamento. Por exemplo, no caso da saúde, nós temos um alto custo com os acidentes e isso reflete diretamente na ação que eles (deputados) forem tomar ou pensar quando discutirem alguma lei em relação à área de saúde. Terão que incorporar o trânsito nessa decisão”.

Segundo Meger, a cada dez leitos do SUS (Sistema Único de Saúde) ocupados, sete são usados por acidentados. Os acidentes de trânsito e suas consequências resultam em um prejuízo anual em torno de R$ 3,9 bilhões. Pelo menos 50 mil pessoas ficam com sequelas em decorrência de acidentes, no espaço de um ano, só no Paraná.  

Campanhas – Uma das ações criadas para reduzir o número de acidentes é o Movimento Maio Amarelo, para um trânsito mais seguro e humano. Em apenas três anos, as ações já são consideradas positivas. “O resultado é mais do que positivo, porque se a gente consegue que as pessoas falem no seu dia a dia, no mês de maio, essa mudança de comportamento fica na cabeça delas. Trazendo gente nova para a discussão, que não é o órgão de trânsito, que é a escola, que é a empresa, isso faz com que o resultado seja muito maior. A mudança de comportamento ocorre naturalmente quanto mais a gente falar e quanto mais a gente mostrar os problemas que temos no trânsito”, explica o vice-presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária.

Paralelamente, o Detran/PR também desenvolve ações na área da educação. A campanha “31 dias para mudar o Trânsito”, com vídeos mostrando condutas no trânsito, atingiu mais de 2,5 milhões de visualizações. A instituição também distribui material didático e oferece capacitação para professores, para que o tema do trânsito seja trabalhado em sala de aula, de forma interdisciplinar. Mais de 43 mil alunos já receberam orientação para um trânsito seguro. “Nós temos a consciência de que se não realizarmos um trabalho na área de educação, sobretudo com as novas gerações, nós não veremos uma mudança de atitudes e não veremos também revertido o quadro de mortes no trânsito”, alertou Juan Ramón Soto Franco, coordenador de Educação para o Trânsito do Detran/PR.

O Paraná também conta com a Escola Pública de Trânsito. Uma estrutura com 16 estúdios, sendo cinco nas principais cidades do interior, que servem de base para a produção e divulgação de material para formação e reciclagem, atendendo, simultaneamente. 64 cidades em todo o estado. “O que nós precisamos é criar uma consciência de sentimento solidário, de entender que não estamos sozinhos no trânsito, não somos só nós. Esse sentimento de egoísmo é justamente o que traz tantas mortes e tantos acidentes de trânsito”, observa Soto Franco.

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