“A grande quantidade de acusações feitas na Assembléia Legislativa pela oposição acaba desvalorizando o trabalho dos deputados, tanto do governo quanto da oposição.” O alerta foi feito nesta terça-feira (26), no grande expediente da Assembléia Legislativa, pelo deputado Caíto Quintana (PMDB). Como exemplo Quintana citou as contínuas acusações da oposição contra o Porto de Paranaguá. “O Brasil está crescendo e também as exportações estão aumentando. Estão crescendo os portos de Santos (SP), Paranaguá (PR) e Itajaí (SC)”, afirmou. Sobre a construção de um porto pela iniciativa privada em Santa Catarina, ele disse que “não cabe ao poder público determinar à iniciativa privada se vai construir um porto em um estado ou em outro”.Segundo o deputado do PMDB, as exportações não estão diminuindo pelo Porto de Paranaguá. “Aumentou o número de veículos e de grãos enviados ao exterior pelos portos paranaenses”, explicou. Só em janeiro, o Porto de Paranaguá movimentou 12.201 veículos, número 63% maior que o alcançado no mesmo mês em 2007. A exportação de soja cresceu 49% se comparada com janeiro de 2007. Foram 129,6 mil toneladas exportadas contra 86,7 mil no mesmo período do ano passado.Quintana também criticou as tentativas da oposição de recorrer ao Ministério Público a toda hora. “O Ministério Público não é uma sucursal de nossos desejos. Não oferece denúncia se não tiver convencimento de culpa. Como vai oferecer denúncia sobre uma matéria que não tem fundamento?” perguntou. “É necessário que haja prova sólida”, acrescentou.Sobre as declarações do senador paraguaio Juan Carlos Galaverna na Rádio Band News de Curitiba contra o governador Roberto Requião, Caíto Quintana afirmou que, além de o senador “ter uma conduta nada ilibada”, nem a oposição acredita que esteja havendo contrabando no Paraná, como disse o parlamentar do Paraguai.“Este senador merece da população paranaense um voto de repúdio. Não tem responsabilidade nenhuma e não apresentou prova alguma. Será que vamos inaugurar um novo processo de denúncias feitas por pessoas de outros países? Ninguém, da oposição, contestou a entrevista do senador paraguaio”, disse.Sobre as denúncias da oposição quanto ao cartão corporativo, Caíto Quintana afirmou que “todos sabem de sobra que não há uso de cartão corporativo em compras desnecessárias, no Paraná”. “Não se pode insistir em comparações sem consistência com o cartão corporativo do governo federal. O cartão foi implantado no Paraná pelo governo Lerner e é utilizado só para o pagamento de diárias. Isso pode ser verificado facilmente no Banco do Brasil. O cartão só recebe o depósito do valor da diária, e nem um centavo a mais. Não é um cartão de crédito”, esclareceu Quintana.Segundo o deputado do PMDB, esse tipo de discussão não pode prosperar na Assembléia Legislativa. “Se passarmos a fazer esse tipo de discussão, a Assembléia cairá num debate estéril”, ressaltou. “Não existe pagamento a mais, e não há motivo para que o governo dê explicações”, concluiu.