Adelino Ribeiro, que já foi vendedor de loterias, é a atração do Política e Viola desta semana Apresentado pela dupla de cantores sertanejos Willian e Renan, o programa da TV Assembleia vai ao ar neste sábado (23), às 21h30.

18/01/2016 08h16 | por Diretoria de Comunicação

Créditos: Pedro de Oliveira/Alep

O deputado Adelino Ribeiro (PSL), durante 30 anos, se sustentou e sustentou a família vendendo loterias. Até que um dia sua desenvoltura chamou a atenção dos políticos. Nascido em Goioerê – mas vivendo há décadas em Cascavel – foi convidado para disputar uma vaga na Câmara dos Vereadores. Deveria disputar pelo PMDB, mas, por uma confusão nos registros, acabou saindo pelo PV, e isso foi uma grande sorte. Pegou a primeira suplência e acabou assumindo o mandato. No PMDB ficaria na décima suplência e a carreira política poderia não ter acontecido. Reelegeu-se vereador e acabou disputando e se elegendo deputado estadual.

Não foi a primeira vez que Adelino, que durante tantos anos ganhou a vida vendendo a sorte, revelou ser ele próprio um sortudo. Já ganhou a quina da Mega Sena, já ganhou carro em rifa e perdeu a conta dos prêmios que faturou em bingos. Convidado do programa “Política & Viola”, apresentado pela dupla sertaneja Willian e Renan, na TV Assembleia, descobriu que a dupla de músicos convidados para acompanhá-lo durante o programa não viria, porque havia ficado presa na estrada. O que para qualquer um seria um baita azar, para ele revelou ser uma oportunidade.

Diante da possibilidade de cancelar o programa ou encarar a parada sozinho, Adelino virou a sorte a seu favor. “Deixa que eu mesmo canto”. Resultado: foi o único deputado, além de Jonas Guimarães – cantor e violeiro afamado, com DVDs gravados – que se atreveu a aparecer sozinho fazendo as vezes do deputado entrevistado e dos músicos convidados. Cantou sozinho, cantou fazendo a segunda voz e cantou em dupla. Cantor afinado, com uma voz educada, deu, fácil, conta do recado.

Além de cantor é bom contador de causos. Um deles, numa de suas campanhas, dá conta que tinha sete reuniões em comunidades para dar o seu recado e pedir votos. Percorria os locais sozinho a de noite, de carro. Levava uma caixinha de som para ser ouvido em ambientes maiores. Parou no local que acreditava ser um daqueles em que deveria falar. Achou a recepção meio fria, mas não se intimidou. Pediu para interromper a música, ligou a caixa de som, discursou, foi bastante aplaudido. Pegou os apetrechos e foi embora para o próximo compromisso. Só no dia seguinte descobriu que tinha ido ao endereço errado e discursado numa reunião armada para outro candidato, que disputava uma vaga de deputado federal e que, por sinal, não se elegeu.

Conta a história e canta afinado: “Seu Amor Ainda é Tudo” (“É minha cara, eu mudei, minha cara/ Mas por dentro eu não mudo/ O sentimento não para, a doença não sara/ Seu amor ainda é tudo, tudo/ Daquele momento até hoje esperei você/ Daquele maldito momento até hoje, só você/ Eu sei que o culpado de não ter você sou eu/ E esse medo terrível de amar outra vez é meu/ Sei não devia dizer, disse perdoa/ Bem que eu queria encontrá-la e sorrir numa boa/ Mas convenhamos, a vida nos faz tão pequenos/ Nos preparamos pra muito e choramos por menos”).

Na sequência, dobrou a aposta, e cantou uma música ainda mais significativa e dramática: “Boate Azul”, de Milionário e José Rico (“Doente de amor procurei remédio na vida noturna/ Como uma flor da noite em uma boate aqui na zona sul/ A dor do amor é com outro amor que a gente cura/ Vim curar a dor deste mal de amor na boate azul/ E quando a noite vai se agonizando no clarão da aurora/ Os integrantes da vida noturna se foram dormir/ E a dama da noite que estava comigo também foi embora/ Fecharam-se as portas sozinho de novo tive que sair/ Sair de que jeito, se nem sei o rumo para onde vou/ Muito vagamente me lembro que estou/ Em uma boate aqui na zona sul/ Eu bebi demais e não consigo me lembrar sequer/ Qual é o nome daquela mulher, a flor da noite da boate azul”).

A família de Adelino tem origem em Minas Gerais e ele é casado com uma baiana. É militante católico, mas o lado religioso não interfere em nada na sua animação. Além de cantar é um inveterado pé de valsa. Costuma dizer que seu defeito é a sinceridade. Quando faz um balanço da vida acha que Deus já lhe deu tudo: tem três filhos e uma vida conjugal muito bem sucedida. Depois de ouvir algumas desventuras amorosas dos apresentadores, Willian namorou seis anos e desfez o casamento na lua de mel, Adelino diz que, para ele, “sofrência” amorosa e noitadas regadas a destilados e fermentados, em boates coloridas, só mesmo nas músicas que gosta de cantar. Como “Telefone Mudo”, com a qual encerrou o programa. (“Eu quero que risque meu nome da sua agenda/ Esqueça meu telefone, não me ligue mais/ Porque já estou cansado de ser o remédio/ Pra curar seu tédio/ Quando seus amores não lhe satisfazem/ Cansei de ser o seu palhaço/ Fazer o que sempre quis/ Cansei de curar sua fossa/ Quando você não se sentia feliz”).

O Política & Viola é parte da nova grade de programação da TV Assembleia (antiga TV Sinal) e segue a diretriz estabelecida pelo presidente da Casa, deputado Ademar Traiano (PSDB), de mostrar o lado humano dos políticos e aproximar a Assembleia da sociedade. O programa vai ao ar todos os sábados às 21h30, pelo Canal 16, para quem assina a NET, e tem reprises aos domingos e às quintas-feiras, ao meio-dia, e também pode ser visto na internet.

 

 

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