15/02/2012 17h50 | por Nádia Fontana
Professor Enio Rodrigues, administrador judicial do Instituto Paranaense de Cegos (IPC).Créditos: Nani Gois/Alep
“Prestamos relevantes serviços a inúmeras pessoas cegas e seus familiares”, destacou o professor Enio Rodrigues, administrador judicial do Instituto Paranaense de Cegos (IPC), ao fazer um pronunciamento nesta quarta-feira (15), durante sessão plenária da Assembleia Legislativa. Na ocasião, ele falou sobre a história da entidade – que está completando 73 anos – e solicitou apoio aos parlamentares na luta desenvolvida com o objetivo de resgatar o IPC.
Segundo Rodrigues, desde que assumiu a função, em 2009, junto com sua equipe, buscou sanear a instituição, que ainda está sob intervenção judicial. Ele revelou que a maior preocupação, atualmente, é a dívida que o IPC tem com a Sanepar e a Copel, que ultrapassa a R$ 1,4 milhão. “Reconhecemos a dívida, mas não temos condições de quitá-la integralmente. Precisamos do apoio desta Casa de Leis para encontrar um caminho que permita uma renegociação desse valor”, reivindicou.
O administrador, que estava acompanhado por integrantes do IPC, informou que a entidade só conta com água e luz porque há uma decisão da Justiça determinando que as duas empresas mantenham o fornecimento. Os deputados receberam cópias de uma planilha onde estão registrados os gastos e os recursos recebidos pelo IPC.
Rodrigues relatou que a instituição depende de recursos que são repassados através de diversos convênios; de contribuições de cegos que residem no IPC; doações da comunidade; e recursos próprios provenientes de aluguéis de alguns imóveis. Durante seu pronunciamento, ele também falou sobre as inúmeras contribuições e atividades desenvolvidas pelo Instituto Paranaense de Cegos, o que possibilita o resgate de dezenas de pessoas: “Muitas delas, apesar do problema, convivendo com suas famílias, contribuindo com a sociedade”, frisou.
“Agradecemos a presença do professor Enio Rodrigues e cumprimentamos o Professor Lemos pela iniciativa”, afirmou o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdir Rossoni (PSDB), ao cumprimentar o administrador e sua equipe. O pronunciamento aconteceu durante o Grande Expediente, por proposição do deputado Professor Lemos (PT).
Objetivos – “O IPC está de parabéns pelos seus 73 anos de fundação. Entidades como o Instituto Paranaense de Cegos são referência. São inúmeras pessoas cegas e com baixa visão que são orientadas e atendidas pelos diversos programas desenvolvidos. Quero registrar meus cumprimentos ao diretor Enio Rodrigues, que também é professor da rede estadual de ensino em Cascavel e integra o coletivo dos trabalhadores com deficiência da APP-Sindicato, pela bela reestruturação que vem fazendo à frente do IPC”, disse o Professor Lemos.
O Instituto Paranaense de Cegos é uma organização da sociedade civil, fundada em 1939, que elabora e desenvolve ações com o objetivo de contribuir com a formação social das pessoas cegas e de baixa visão, de modo que elas estejam preparadas para viver e conviver na sociedade, como cidadãs plenas, exercendo seus direitos, desenvolvendo suas capacidades e realizando seus desejos.