A rodovia PR-412, principal eixo de ligação aos principais balneários do Paraná, desde o início do mandato, tem sido motivo de preocupação para o deputado estadual Waldir Leite (PPS), único representante do Litoral na Assembléia Legislativa, por colocar em risco a vida da população de Guaratuba. O intenso tráfego de caminhões pesados fez com que a Assembléia aprovasse, em 2003, um projeto de lei que restringiu a passagem de caminhões pela travessia de ferry-boat em Guaratuba. Na época, uma emenda do deputado Leite excluiu dessa medida apenas os caminhões cuja mercadoria seja produzida no Litoral paranaense e que tenha destino final ou origem no município de Guaratuba ou porto de Paranaguá. Entretanto, a lei não estava sendo cumprida porque a empresa de transporte hidroviário que tem a concessão do ferry-boat desde novembro de 1996 conseguiu uma liminar na justiça para garantir a passagem de caminhões durante o ano todo. A única restrição acontece durante a temporada, período em que está prevista, no contrato de concessão, a interrupção do trânsito de caminhões devido ao movimento de turistas. Porém, depois de março, o tráfego volta ao normal. Para diminuir o movimento de caminhões na PR-412 e minimizar o risco aos moradores, a Assembléia Legislativa aprovou, na semana passada, a liberação de R$ 67 milhões para serem inseridos no orçamento das secretarias de Estado da Educação, Saúde, Desenvolvimento Urbano e Transportes. Parte dessa verba será usada para a construção de uma rodovia para o desvio de tráfego pesado na PR-412 em Guaratuba. O deputado Leite, que votou favorável à liberação dos recursos, acredita que o desvio irá reduzir o problema na região e dará mais tranqüilidade à população. “Esta medida da Assembléia Legislativa atenderá, certamente, aos anseios da população de Guaratuba, sem, contudo, prejudicar a economia paranaense. Foi uma ação que agradará a todos” argumentou o deputado Leite. PR-412: Guaratuba - GaruvaA rodovia PR-412, Guaratuba - Garuva foi construída no início dos anos 70 e inaugurada em agosto de 1973. Além disso, a rodovia foi feita sobre o eixo corrigido da antiga estrada de ligação existente originalmente, revestida desde a sua implantação, provavelmente nos anos 50, com seixos rolados de uma jazida a céu aberto, sem gerar qualquer problema ambiental por se tratar de um rio extinto.Dois rios cortam a rodovia: o Rio da Prainha e Saí-Guaçu.Na parte da rodovia que fica próximo ao mar, houve a necessidade de serem construídas galerias de grande porte, em função da progressiva urbanização da cidade de Guaratuba.A rodovia atual foi executada com técnicas de implantação até então inéditas no Estado, em especial o processo de compactação de solos por meio de explosivos aplicados em locais de camadas espessas de material orgânico (turfa) sem nenhuma consistência, onde o explosivo servia para afastar o material turfoso, fazendo espaço para o aterro na preparação da rodovia.Na época, por ser uma obra de interesse turístico, com passagem predominantemente de veículos leves, procurou-se manter o máximo da floresta natural existente, sem deixar de lembrar que o termo "meio ambiente" era tão somente mais um verbete de dicionário.